Lula e Macron pedem que Maduro retome diálogo com a oposição: “Retorno da democracia”

O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e o presidente da França, Emmanuel Macron, em aperto de mãos
O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e o presidente da França, Emmanuel Macron – Divulgação

O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e o presidente da França, Emmanuel Macron, solicitaram nesta sexta-feira (10) que Nicolás Maduro, líder da Venezuela, retome o diálogo com a oposição. O pedido acontece em meio à posse do venezuelano para seu terceiro mandato presidencial, em um processo eleitoral contestado. Com informações do g1.

Em comunicado oficial, o Palácio do Eliseu afirmou que França e Brasil estão dispostos a mediar negociações que possam restaurar a democracia e estabilidade na Venezuela.

“França e Brasil estão dispostos a facilitar uma retomada dos intercâmbios que possa permitir um retorno da democracia e da estabilidade na Venezuela. Todas as pessoas detidas por suas opiniões ou por seu compromisso político devem ser libertadas imediatamente”, destacou a presidência francesa.

Na última quarta-feira (8), Macron manteve diálogo com líderes opositores venezuelanos, incluindo Edmundo González Urrutia e María Corina Machado. Durante a conversa, o presidente francês reforçou a importância de respeitar a vontade do povo venezuelano.

Em uma cerimônia realizada na Assembleia Nacional, em Caracas, Nicolás Maduro tomou posse para o terceiro mandato. Durante seu discurso, fez críticas à oposição, que reconhece Edmundo González como vencedor das eleições de julho de 2024. Além disso, atacou o presidente argentino Javier Milei, chamando-o de “sádico social”.

Maduro também citou o Brics, afirmando que a Venezuela pertence ao grupo desde a época do libertador Simón Bolívar: “A Venezuela já é do Brics desde que Bolívar triunfou em Junín. A Venezuela pertence aos Brics há mais de 200 anos”.

A cerimônia foi marcada pela ausência de líderes de grandes democracias, evidenciando o isolamento do regime de Maduro. Entre os poucos chefes de Estado presentes estava Daniel Ortega, da Nicarágua. Representando o Brasil, a embaixadora Glivânia Maria de Oliveira participou da solenidade.

María Corina Machado, líder opositora, classificou a posse de Maduro como um golpe de Estado e chamou a cerimônia de “teatro”. “Hoje, 10 de janeiro, Maduro consolida um golpe de Estado diante dos venezuelanos e do mundo. Decidiram cruzar a linha vermelha, oficializando a violação da Constituição Nacional. Pisoteiam nossa Constituição”, afirmou, destacando o apoio do presidente a regimes autoritários como Cuba e Nicarágua.

Enquanto isso, Edmundo González anunciou em redes sociais que está próximo de retornar à Venezuela para assumir o governo. Ele apelou às Forças Armadas para que deixem de obedecer a Maduro e assegurem uma transição pacífica de poder.

A posse de Nicolás Maduro ocorre em um cenário de eleições marcadas pela falta de transparência e repressão extrema contra opositores. O regime segue enfrentando críticas internas e externas, enquanto líderes internacionais reforçam a necessidade de um diálogo que conduza à restauração da democracia na Venezuela.

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