Filha de francês que dopou mulher para estuprá-la com estranhos acha que pai fez o mesmo com ela

Caroline Darian escreveu um livro sobre o trauma de sua família – I’ll Never Call Him Dad Again. Jeff Overs/BBC

Caroline Darian, filha de Dominique Pelicot, o francês condenado por drogar sua ex-mulher para que dezenas de homens a estuprassem, afirmou em entrevista à BBC que acredita ter sido vítima do próprio pai. “Estou convencida de que ele me drogou, provavelmente para me estuprar, mas não tenho nenhuma prova”, declarou Darian, de 46 anos. A suspeita surgiu após fotos dela seminua e inconsciente serem encontradas nos arquivos de Dominique, onde ele mantinha registros detalhados de seus crimes.

Dominique Pelicot, de 72 anos, foi condenado no mês passado a 20 anos de prisão em um julgamento que chocou a França. Ele foi considerado culpado por drogar e estuprar sua ex-esposa, Gisèle Pelicot, além de permitir que dezenas de homens recrutados online fizessem o mesmo durante mais de uma década. Cerca de 50 coacusados também foram condenados a penas que variam de 3 a 15 anos de prisão após o julgamento público realizado em Avignon.

Durante o julgamento, Dominique negou as acusações de abuso contra a filha, mas Caroline manteve sua posição, reforçando suas suspeitas. “Quando olho para trás, não me lembro do pai que achava que ele era. Vejo diretamente o criminoso sexual”, afirmou à BBC. Para ela, o pai sempre teve um lado obscuro: “Acho que há dois Dominiques coexistindo nele, e ele decidiu escolher o lado sombrio. Não sei se ele é um monstro, mas sabia perfeitamente o que estava fazendo. Ele não está doente.”

Dominique Pelicot (foto) chamou mais de 70 homens para estuprar a ex-mulher, Gisèle, enquanto ela estava inconsciente.

Gisèle Pelicot, ex-esposa de Dominique, optou por renunciar ao direito de um julgamento a portas fechadas, uma decisão considerada corajosa e digna por muitos. Ela foi amplamente elogiada por sua força ao enfrentar o megajulgamento, que durou três meses e expôs em detalhes os crimes cometidos contra ela. Imagens da vítima deixando o tribunal foram amplamente compartilhadas, simbolizando sua resiliência diante de anos de abuso.

Caroline, em sua primeira entrevista televisiva desde a condenação do pai, foi categórica sobre a pena de Dominique. “Ele deveria morrer na prisão, é um homem perigoso”, disse à BBC. Para ela, as ações do pai não foram fruto de doença, mas de escolhas conscientes: “Ele sempre foi um pervertido sexual”.

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