Itamaraty condena prisões e perseguição a opositores após posse de Maduro na Venezuela

Nicolás Maduro. Foto: Divulgação

O Ministério das Relações Exteriores do Brasil emitiu neste sábado (11) uma nota oficial condenando as “prisões, ameaças e perseguições a opositores políticos” promovidas pelo regime de Nicolás Maduro, que assumiu um terceiro mandato como presidente da Venezuela em meio a denúncias de fraude eleitoral.

O Itamaraty expressou preocupação com as violações de direitos humanos contra opositores do governo venezuelano, destacando que o Brasil não reconhece a vitória de Maduro nem de seu opositor, Edmundo González, devido às irregularidades relatadas no processo eleitoral.

“Acompanhamos com grande preocupação as denúncias de violações de direitos humanos, especialmente após o processo eleitoral realizado em julho passado”, afirmou a nota.

Embora o governo brasileiro reconheça gestos pontuais do regime, como a libertação de 1.500 presos políticos e a reabertura do Escritório do Alto Comissário de Direitos Humanos da ONU em Caracas, deplorou os recentes episódios de repressão.

O comunicado reforça que um regime democrático exige liberdade de movimento, expressão pacífica e proteção à integridade física para os líderes da oposição. O Brasil exortou as forças políticas venezuelanas ao diálogo e à busca de entendimento mútuo, com pleno respeito aos direitos humanos, como meio para resolver as controvérsias internas.

Lula e Emmanuel Macron. Foto: Divulgação

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em uma declaração conjunta com o líder francês Emmanuel Macron, pediu que Maduro retome o diálogo com a oposição para viabilizar o retorno da democracia e da estabilidade na Venezuela. A nota conjunta destacou a necessidade de libertação imediata de todos os detidos por razões políticas.

A posse de Nicolás Maduro foi marcada por críticas e tensões internas. A líder opositora María Corina Machado relatou ter sido detida temporariamente por oficiais do regime, que teriam agido sob ordens contraditórias. Em vídeo, ela afirmou que as divisões internas no governo são evidentes.

O opositor Edmundo González, que prometia retornar ao país durante a posse de Maduro, recuou devido ao fechamento do espaço aéreo e declarou, também em vídeo, que espera condições seguras para assumir o cargo que, segundo ele, conquistou nas urnas.

Durante a cerimônia de posse, realizada no Palácio Federal Legislativo, Maduro afirmou seu compromisso com a Constituição e anunciou planos para iniciar uma reforma constitucional durante o novo mandato, que se estende por mais seis anos.

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