Fundos ‘special sit’ podem brilhar em 2025, sinaliza diretor da XP; conheça o ativo

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Gustavo Pires, sócio, diretor-executivo da XP e especialista na indústria de fundos, diz que, quando se olha para 2025, há uma certa cara de continuidade de 2024”. “O ciclo monetário que a gente está vivendo vai continuar e, sem dúvida nenhuma, vai afetar o crédito privado”, afirma.

Ele participou do episódio 147 do programa Outliers, apresentado por Clara Sodré, analista de fundo da XP, e Fabiano Cintra, responsável por fundos de investimentos da casa.

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Para Pires, por conta do achatamento das taxas na indústria de fundos, o crescimento do segmento em 2025 vai ser menor do que 2024, mas acredita num volume alto do setor. Nesse ano, ele vê o FIDC (fundos de investimentos em direitos creditórios) se destacando por conta de maior acesso de investidores ao produto.

Dificuldades financeiras

Segundo ele, muitas gestoras seguem “colocando de pé” esse tipo de fundo. Pires também aponta que os fundos imobiliários de papel (FIIs) são produtos que conseguem navegar “muito bem” no atual cenário. “Eles continuam captando recursos e entregando bons retornos para os investidores. A gente vê com bons olhos”, afirma.

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O executivo vê ainda os fundos de special situations ou special sits grandes beneficiários do momento econômico que o país vive. Esses fundos são uma classe de investimentos que envolvem empresas em dificuldades financeiras.

“Eles estão muito atentos no que está acontecendo na indústria e vendo empresas que estão alavancadas e tendo que vender ativos, e oferecer garantias de ter alguma linha adicional de crédito. Os fundos de special sits vão ser mais ativos do que nunca em 2025”, avalia.

Indústria necessária

“Tem muita gente que torce o nariz para essa classe de fundos (special tits), mas diria que é uma indústria necessária para o mercado de capitais. Pode parecer oportunístico, mas o fundo é fundamental para fazer com que a roda gire e que algumas empresas em situação delicada continuem navegando”, acrescenta.

Para Pires, a continuidade de uma taxa de juros elevada faz com que se tenha eventos de crédito maiores na economia. “Diferente de 2024 quando foi um ano mais confortável na média do que em 2023, em 2025 pode ser perigoso nesse aspecto”, crê.

“Taxa de juros muito alta começa a asfixiar algumas companhias”, afirma. O executivo da XP explica que isso gera um efeito contraditório no mercado.

“Muitas empresas grandes conseguem captar recursos com taxas mais baixas. Já as empresas médias e menores acabam tendo que pagar spreads muito altos”, ressalta.

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