Plano B: Bolsonaro deve ser representado por Michelle na posse de Trump

Sem expectativas de conseguir seu passaporte a tempo para comparecer à posse de Donald Trump nos Estados Unidos, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) já definiu um plano B: ele será representado pela ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) e pelos filhos, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL) e o senador Flávio Bolsonaro (PL), conforme informações do Globo.

De acordo com aliados, Bolsonaro foi convidado para participar da assinatura do termo de posse de Trump e teria o direito de levar um acompanhante. No caso de sua ausência, Michelle assumirá a representação na cerimônia. Já Eduardo e Flávio foram convidados para participar do jantar na Casa Branca, evento que ocorre após a posse e que também deve contar com a presença de Michelle.

Aliados do ex-capitão consideram provável que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negue o pedido de liberação do passaporte de Bolsonaro. Desde fevereiro do ano passado, o documento está retido devido às investigações relacionadas à tentativa de golpe de estado.

Na semana anterior, Moraes solicitou à defesa de Bolsonaro a apresentação do convite oficial para a posse. Embora os advogados tenham respondido à solicitação nesta segunda-feira, acredita-se que o ministro mantenha a postura de decisões anteriores, como a que negou autorização para Bolsonaro viajar a Israel e se encontrar com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.

A presença da família é vista como essencial para fortalecer laços entre a oposição brasileira e o governo Trump. No entanto, mesmo sem muita confiança em uma decisão favorável, aliados consideram que a ausência de Bolsonaro pode ser explorada politicamente.

Uma eventual imagem de Trump ao lado de Michelle, Eduardo e Flávio, sem a presença do ex-presidente, poderia ser usada para reforçar a narrativa de perseguição judicial.

Bolsonaro já tentou reaver o passaporte em outras ocasiões, até mesmo por meio de interlocutores próximos a Moraes. O documento foi apreendido pela Polícia Federal durante uma operação e, desde então, os pedidos de devolução têm sido negados.