Repórter do Estadão intimida colega por convite de Bolsonaro à posse de Trump

O repórter Renato Souza, do Correio Braziliense. Foto: Reprodução

O repórter Renato Souza, do Correio Braziliense, relatou ter sido intimidado por um jornalista do Estadão após publicar no X (antigo Twitter) informações sobre o convite recebido pelo ex-presidente Jair Bolsonaro para a posse de Donald Trump, presidente eleito dos Estados Unidos. Souza afirmou que qualquer pessoa pode receber um e-mail semelhante ao suposto convite, bastando realizar um cadastro no site do comitê do republicano.

Renato revelou ter recebido um e-mail de um jornalista do Estadão, cujo nome não foi divulgado, alegando que sua publicação poderia conter “desinformação”. No e-mail, o profissional sugeriu que o post insinuava que Bolsonaro não teria recebido um convite oficial e propôs uma conversa para esclarecer o assunto.

Em resposta, Souza afirmou que sua publicação apenas destacava que o endereço de e-mail mostrado era o mesmo que enviava convites genéricos e reiterou que não havia feito qualquer acusação direta contra o ex-presidente. “Cada um faz a interpretação que desejar”, comentou.

O repórter também divulgou as mensagens trocadas com o jornalista do Estadão, optando por não expor a identidade do profissional, por acreditar que ele estava apenas seguindo ordens superiores. “Como sou transparente com meus seguidores, embora não tenha essa obrigação, publico abaixo a troca de mensagens, preservando o nome do profissional, que provavelmente está apenas cumprindo ordens da chefia/direção”, escreveu.

A controvérsia teve início após Souza publicar, no último sábado (11), que era possível obter um e-mail semelhante ao enviado a Bolsonaro acessando o site do comitê organizador, cadastrando os dados e aguardando análise.

O caso ganhou repercussão após o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), receber um pedido de Bolsonaro para liberar seu passaporte, permitindo a viagem aos Estados Unidos para a posse de Trump. O magistrado solicitou um “convite formal” como comprovação, e a defesa do ex-presidente argumentou que o e-mail recebido seria o documento oficial.

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