As ações da Bolsa brasileira para evitar em 2025, segundo analistas de mercado

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Enquanto analistas esperam um 2025 desafiador para o Ibovespa e recomendam ações de companhias resilientes a uma desaceleração do crescimento da economia doméstica, eles também ressaltam algumas ações para evitar levando em conta as projeções para o ano.

Em relatório, a Nord Research ressaltou sete ações de três setores para investidores iniciantes evitarem em 2025.

O primeiro setor é o de educação. Em 2024, ressalta a Nord Research, os papéis da Cogna (COGN3) e da Yduqs (YDUQ3) entraram no ranking das ações menos rentáveis do Ibovespa com perdas de 68,77% e de 61,18%, respectivamente.

“Além da exposição a programas governamentais de educação, o setor tem uma grande dependência do cenário doméstico. Com a inflação e juros altos por mais tempo, a atividade econômica deve desacelerar em 2025 e pressionar os resultados”, avalia, apontando que as duas empresas devem ser as mais impactadas, não só pelo cenário, mas pela alavancagem elevada de 3,8 vezes e 2,7 vezes (dívida líquida sobre o Ebitda, ou lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações), respectivamente.

A casa de análise também ressalta que, assim como as educacionais, as varejistas também são altamente sensíveis ao ambiente doméstico.

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No setor de consumo, um dos destaques fica para o GPA (PCAR3), que apresentou um recuo de -37,19% em 2024. Convivendo com uma alavancagem elevada (5,8 vezes o Ebitda) e baixa rentabilidade, preferimos ficar de fora do papel.

A Nord ressalta ainda que Casas Bahia (BHIA3) e Magazine Luiza (MGLU3) também ficaram entre os maiores recuos de 2024, acumulando uma queda de 74,60% e 69,72%, respectivamente. “Novamente, além do cenário desafiador para a economia brasileira, as duas empresas convivem com desafios operacionais e financeiros. Diante disso, preferimos ficar alocados em companhias com maior visibilidade de resultados”, avalia.

Por fim, Fabiano Vaz, que assina o relatório, cita as aéreas, que também teve um 2024 de perdas relevantes. A Azul (AZUL4) acumulou uma queda de 77,89% e a Gol (GOLL4) de 85,50%.

Essas companhias são altamente expostas à variação do dólar e do petróleo (custos dolarizados) e ainda convivem com um endividamento elevado (Gol: 5,5 vezes o Ebitda e Azul com 4,8 vezes).

Também entre as ações menos preferidas, o JPMorgan aponta na sua lista Vasta (negociada nos EUA), Banrisul (BRSR6), M.Dias Branco (MDIA3), CM Hospitalar/Viveo (VVEO3), Usiminas (USIM5), LOG CP (LOGG3), Pague Menos (PGMN3), Gol (GOLL4) e Isa Energia (ISAE4).

A “menos preferida entre as menos preferidas” é a Usiminas, devido aos custos de produção não terem se reduzido como inicialmente esperado. Além disso, o mercado global de aço continua pressionado pelos altos níveis de exportação da China, e não espera que o cenário macroeconômico melhore no curto a médio prazo. “Mesmo com uma leve recuperação na demanda interna e a implementação de tarifas, as margens da Usiminas provavelmente não se recuperarão totalmente para níveis históricos em breve”, avalia o JPMorgan.

Sobre Vasta, do setor de educação, o JPMorgan vê espaço limitado para aumento de margem nos próximos anos, já que o crescimento está se mostrando mais custoso do que o esperado e tem uma preferência relativa por ações brasileiras de ensino superior.

Entre os bancos, o Banrisul é a menos preferida do JPMorgan em meio a ventos contrários de taxas mais altas e falta de estratégia clara. Já a fabricante de biscoitos e massas M.Dias Branco está com um momentum dos lucros é fraco, dada a disparidade entre os desafios de aumento de preços e o aumento de custos, o que deve levar as margens a cair nos próximos trimestres, apontam os analistas.

No setor de saúde, o JPMorgan ressalta que a Viveo é uma das maiores distribuidoras especializadas do Brasil. Contudo, o ambiente competitivo em sua distribuição farmacêutica principal se intensificou, colocando o crescimento e a lucratividade sob pressão. Já a LOG CP é vista como a “menos preferida” entre as desenvolvedora e gestoras de galpões logísticos por conta da alta sensibilidade à alta de juros.

No caso das farmacêuticas, o JPMorgan ressalta que os resultados da Pague Menos têm melhorado, mas a empresa ainda está passando por uma reviravolta enquanto o macro tem se deteriorado, particularmente em meio ao aumento das taxas e níveis de alavancagem relativamente desconfortáveis.

Entre as ações do setor de transportes e bens de capital, a Gol é a menos preferida do banco pois o processo de Chapter 11 (espécie de recuperação judicial nos EUA) ainda está em andamento, o que pode adicionar volatilidade ao patrimônio. Por mim, entre as elétricas, os analistas não veem catalisadores positivos para a Isa Energia.

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