Trump diz que Israel e Hamas chegaram a um acordo de cessar-fogo

Crianças observam cidade palestina em destruição. Foto: Wafa

Após 467 dias de guerra, Israel e o grupo palestino Hamas anunciaram um cessar-fogo inicial de seis semanas. O acordo, mediado por Catar, Egito e Estados Unidos, prevê a troca de 98 reféns israelenses por 1.000 prisioneiros palestinos e abre caminho para o fim do mais longo conflito armado entre as partes nos últimos 77 anos.

O presidente eleito dos EUA, Donald Trump, confirmou a trégua e destacou seu papel no desfecho. “Temos um acordo para os reféns no Oriente Médio. Eles serão libertados logo”, declarou. Apesar disso, grande parte das negociações foi conduzida pelo governo de Joe Biden.

O plano prevê a libertação inicial de 33 reféns israelenses, entre crianças, mulheres, idosos e pessoas com condições de saúde, e um número equivalente de prisioneiros palestinos. Nas fases seguintes, corpos de vítimas serão trocados, e as forças israelenses deverão iniciar a retirada gradual de Gaza, permitindo a volta de palestinos às suas casas em áreas previamente evacuadas.

Massa de palestinos migrando em Gaza. Foto: Mohammed Saber/EFE

Entretanto, prisioneiros capturados durante o ataque de 7 de outubro de 2023, quando o Hamas sequestrou 251 pessoas, e acusados de assassinatos não serão libertados.

O Catar desempenhou papel crucial nas negociações, com participação do Egito e do enviado americano Steve Witkoff, nomeado por Trump. Witkoff pressionou o premiê israelense Binyamin Netanyahu a aceitar os termos, incluindo a retirada de tropas de Gaza, algo que Netanyahu vinha resistindo há meses.

O conflito já causou 46.707 mortes palestinas e 1.170 israelenses, além de uma devastação humanitária em Gaza. A trégua oferece esperança, mas a reconstrução e a pacificação da região dependem de passos concretos, como a reformulação da Autoridade Nacional Palestina para governar Gaza.

Internamente, Netanyahu enfrenta críticas de sua base ultradireitista por ceder em pontos sensíveis, enquanto no cenário global é alvo de acusações de genocídio e tem um mandado de prisão emitido pelo Tribunal Penal Internacional.

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