Dólar fecha a R$ 6,05 com realização de lucros após oscilar abaixo de R$ 6

Após oscilar abaixo dos 6,00 reais durante a manhã, o dólar se recuperou e fechou a quinta-feira em alta, acima dos 6,05 reais, em sessão marcada pela realização de lucros generalizada nos mercados brasileiros, ainda que no exterior a moeda norte-americana tenha recuado ante boa parte das demais divisas. O movimento foi causado por investidores se posicionando para o início do governo de Donald Trump nos Estados Unidos e de olho na trajetória das taxas de juros das principais economias do mundo.

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Na cena nacional, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), registrou alta de 0,10% em novembro na comparação com o mês anterior, segundo dados dessazonalizados divulgados pelo BC nesta quinta-feira. A expectativa em pesquisa da Reuters para o resultado do mês era de estagnação.

Qual é a cotação do dólar hoje?

O dólar à vista fechou em alta de 0,50%, aos 6,0551 reais. Em janeiro, porém, a moeda ainda acumula baixa de 2,01%. Às 17h03 na B3 o dólar para fevereiro — atualmente o mais líquido — subia 0,65%, aos 6,0725 reais.

Na quarta-feira, o dólar à vista fechou em queda de 0,36%, a 6,0251 reais – a menor cotação de encerramento desde 12 de dezembro do ano passado.

O Banco Central fará nesta sessão um leilão de até 15.000 contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 3 de fevereiro de 2025.

Dólar comercial

  • Compra: R$ 6,055
  • Venda: R$ 6,055

Dólar turismo

  • Compra: R$ 6,133
  • Venda: R$ 6,313

O que aconteceu com dólar hoje?

Como tem ocorrido frequentemente nos primeiros pregões deste ano, os agentes financeiros voltavam suas atenções nesta quinta para o cenário externo, à medida que continuam especulando sobre a trajetória da taxa de juros do Federal Reserve e as implicações das medidas do novo governo dos EUA.

Nesse último ponto, o destaque do pregão será a audiência do indicado de Trump para o Departamento do Tesouro, Scott Bessent, no Senado, com os mercados globais em busca de sinais de como o presidente eleito implementará suas promessas de campanha.

Analistas têm apontado que Bessent, um veterano de Wall Street, buscará controlar os déficits dos EUA e utilizar as prometidas tarifas de importação como uma ferramenta de negociação com aliados e adversários.

Bessent prometeu na quarta-feira garantir que o dólar continue sendo a moeda de reserva global.

O principal temor em relação às políticas do novo governo é de que possam ser inflacionárias, o que forçaria o banco central dos EUA a manter a taxa de juros em um patamar elevado, interrompendo seu atual ciclo de afrouxamento monetário.

Apesar das preocupações, os investidores aumentaram suas apostas de cortes de juros pelo Fed na véspera, após dados mostrarem que o núcleo da inflação ao consumidor dos EUA ficou abaixo do esperado na base anual em dezembro.

Operadores precificam agora 37 pontos-base acumulados em reduções pelo Fed neste ano, depois de projetarem a possibilidade de nenhum afrouxamento no início da semana.

Os investidores analisarão dados de pedidos iniciais de auxílio-desemprego, às 10h30, para determinar o estado do mercado de trabalho dos EUA, após dados fortes de criação de emprego divulgados na semana passada. Números de vendas no varejo também serão analisados no mesmo horário.

Na cena doméstica, as sessões recentes têm sido marcadas por falta de notícias e poucos dados relevantes, o que tem feito os agentes financeiros se voltarem justamente para o exterior em busca de impulsos para as negociações.

Analistas indicam que o cenário fiscal brasileiro continuará sendo o principal foco de atenção do mercado neste ano, à medida que ainda há dúvidas sobre o compromisso do governo em equilibrar as contas públicas.

(Com Reuters)

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