Após pressão, gabinete de guerra de Israel aprova acordo com Hamas em Gaza

O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu: gabinete de guerra de Israel aprova acordo com Hamas em Gaza. Foto: reprodução

O gabinete de segurança de Israel aprovou nesta sexta-feira (17) o acordo de cessar-fogo entre Israel e o grupo Hamas na Faixa de Gaza, após intensas negociações e pressões políticas. Com informações do Estadão.

A votação, inicialmente prevista para quinta-feira (16), foi adiada devido a disputas de última hora com o Hamas e divergências dentro da coalizão do primeiro-ministro Binyamin Netanyahu, especialmente entre partidos de extrema-direita.

Embora o documento ainda precise da aprovação final de todos os membros do gabinete de Netanyahu para entrar em vigor, o gabinete de guerra recomendou a sua aceitação, indicando que os ministros devem seguir a recomendação. Segundo uma declaração oficial, o acordo pode entrar em vigor no domingo (19), conforme estabelecido pelos mediadores internacionais.

Na quinta-feira, o ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir, ameaçou renunciar e retirar seu partido do governo caso o cessar-fogo fosse aprovado, alegando que isso manteria o Hamas no poder em Gaza. No entanto, sua ameaça não deve interferir na implementação do acordo, já que legisladores da oposição prometeram apoiar Netanyahu para garantir a trégua.

Netanyahu visita tropas israelenses na fronteira libanesa
Netanyahu visita tropas israelenses na fronteira libanesa. Foto: reprodução

O acordo

O acordo, estruturado em três fases com base em um plano desenvolvido pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e apoiado pelo Conselho de Segurança da ONU, prevê a libertação gradual de 33 reféns israelenses ao longo de seis semanas.

Entre os reféns, estão mulheres, crianças, idosos e feridos, que serão liberados em troca de centenas de prisioneiros palestinos detidos em prisões israelenses. Desses 33 reféns, cinco soldados israelenses seriam libertados em troca de 50 prisioneiros palestinos, incluindo 30 condenados por terrorismo cumprindo penas de prisão perpétua.

Na primeira fase, com duração de 42 dias, as forças israelenses devem se retirar dos centros populacionais de Gaza, permitindo que os palestinos retornem gradualmente às suas casas no norte do enclave. Além disso, está prevista a ampliação da ajuda humanitária, com cerca de 600 caminhões entrando diariamente no território. Ao final dessa fase, todos os reféns civis — vivos ou mortos — terão sido libertados.

Os detalhes da segunda fase ainda serão negociados durante a primeira etapa, mas o acordo não inclui garantias escritas de que o cessar-fogo será mantido até a conclusão de um entendimento final, permitindo que Israel retome sua campanha militar caso as condições não sejam atendidas após o término da primeira fase.

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