Confira frases que foram destaque do evento Onde Investir 2025, do InfoMoney

O ano de 2025 começou permeado por incertezas sobre o cenário econômico. Diante de um aumento da desconfiança do mercado com o desempenho fiscal, uma disparada no dólar e a queda do Ibovespa, o investidor só pode se perguntar: onde investir em 2025?

Durante a última semana, o InfoMoney convidou uma série de especialistas em economia e investimentos para tornar o cenário menos nebuloso. Confira, abaixo, algumas das principais passagens dos convidados no evento Onde Investir 2025.

O economista Marcos Lisboa, em painel do Onde Investir 2025 (Foto: InfoMoney)

“Exageraram no otimismo e, agora, estão exagerando no pessimismo”

— Marcos Lisboa, ex-presidente do Insper e ex-secretário de política econômica

No último dia de evento, Lisboa defendeu que há um excesso de otimismo no mercado, uma reversão de um otimismo exagerado no mercado ao início do primeiro mandato do presidente Lula.

“Foi tanto otimismo que os economistas e agentes financeiros jogaram as contas de escanteio. Quando veio o encontro com a realidade, a frustração foi maior do que o esperado. Erraram no otimismo e agora estão exagerando no pessimismo”, afirmou.

Secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, participa de Onde Investir 2025, promovido pelo InfoMoney. Foto: InfoMoney

“Não acredito que a inflação esteja vindo por conta de impulso fiscal do Governo Federal”

— Dario Durigan, secretário-executivo do Ministério da Fazenda

O secretário-executivo do Ministério da Fazenda acredita que fatores como sazonalidade e o impacto da catástrofe do Rio Grande do Sul na safra de cereais como o arroz devem ser levados em conta.

“O volume de gasto federal pelo PIB, se olhar para 2023, estava em 19,5%. Agora, no fim de 2024, vamos acabar abaixo de 19%. Nós gastamos mais, não estou dizendo que não, mas em um ritmo muito compatível com o crescimento do País”, disse Durigan.

Rodrigo Azevedo, ex-diretor do BC e gestor da Ibiuna, em painel do Onde Investir 2025 (Foto: Infomoney)

“O arcabouço fiscal deixou de ser uma boa estratégia à luz do cenário que mudou”

— Rodrigo Azevedo, ex-diretor do Banco Central (BC) e gestor de fundos da Ibiuna Investimentos

Para Azevedo, a estratégia para as contas públicas se defrontou com mudanças na conjuntura do país. A visão é de que o cenário para que ele funcionasse seria de uma “trajetória estreita”, não materializada nos dois anos. O ex-diretor agora acredita que o governo precise reconhecer a situação e alterar a rota.

Artur Wichmann e Paulo Leme em painel do Onde Investir 2025, promovido pelo InfoMoney. Foto: InfoMoney

“As notícias não são boas e a mistura de políticas de Trump é a pior possível para emergentes”

— Paulo Leme, chairman do Comitê Global de Alocação da XP Advisory

As avaliações do chairman do Comitê Global de Alocação da XP não são as mais animadoras para o Brasil com o novo governo Trump. Leme crê que o programa do republicano seja “muito positivo para a Bolsa dos Estados Unidos” e “pior possível” para emergentes.

Trump tem prometido uma série de barreiras tarifárias e uma política protecionista, em especial para frear produtos chineses.

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