Polícia prende PM suspeito de dirigir carro usado na execução de delator do PCC

Tenente Fernando Genauro da Silva, suspeito de ser o motorista do carro usado pelos atiradores na execução de Vinícius Gritzbach, delator do PCC. Foto: reprodução

A Polícia Civil prendeu neste sábado (18) o 1º tenente Fernando Genauro da Silva, policial militar suspeito de dirigir o carro usado na execução de Vinícius Gritzbach, delator do PCC, no Aeroporto Internacional de São Paulo, conforme informações do G1.

Ele foi detido em Osasco, onde mora, e levado para o Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), sendo encaminhado em seguida ao Presídio Romão Gomes da Polícia Militar. Com essa prisão, o número de policiais militares detidos por envolvimento no caso chegou a 16.

Vinícius Gritzbach foi assassinado no ano passado e, antes de sua morte, havia firmado delação premiada com o Ministério Público, denunciando membros do PCC e policiais envolvidos em corrupção. Dos 16 PMs presos, 15 foram detidos na última quinta-feira (16) durante uma operação. Entre eles, está o cabo Denis Antonio Martins, de 40 anos, acusado de ser o atirador responsável pelo crime.

A identificação de Martins foi possível por meio de uma tatuagem no braço, e seu material genético será analisado para confirmar a participação no assassinato. “Tudo nos leva a crer que será positivo e aí essa prisão temporária poderá ser convertida em prisão preventiva”, afirmou Derrite.

Imagem de câmera de segurança do Aeroporto de Guarulhos mostra os dois assassinos de Gritzbach correndo de volta para o carro após o crime
Imagem de câmera de segurança do Aeroporto de Guarulhos mostra os dois assassinos de Gritzbach correndo de volta para o carro após o crime. Foto: Reprodução

Os demais policiais presos na operação eram do núcleo de segurança pessoal de Gritzbach e realizavam sua escolta privada. A investigação começou após uma denúncia anônima em março do ano passado, indicando que informações sigilosas da polícia estavam sendo vazadas para beneficiar criminosos ligados à facção.

Segundo a Corregedoria, policiais militares da ativa e da reserva vendiam dados estratégicos para integrantes do PCC, evitando prisões e prejuízos financeiros ao grupo.

As prisões foram possíveis graças à quebra de sigilo telefônico, ao uso de estações rádio-base, reconhecimento facial e outras ferramentas de inteligência. O esquema beneficiava diretamente Gritzbach, que estava envolvido em operações de lavagem de dinheiro para o PCC antes de ser delator.

Assista o momento da execução:

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