Bolsonarista que ameaçou Erika Hilton já tinha ameaçado Lula e Moraes; entenda

Erika Hilton e Lula, alvos de ameaças de bolsonaristas. Foto: reprodução

As ameaças de morte recebidas pela deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) expuseram a ação coordenada de um grupo de extrema-direita nas redes sociais. O mesmo perfil que incitou violência contra a parlamentar também já ameaçou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), como denunciou o influenciador Vinicios Betiol.

Mais do que ataques isolados, as investigações apontam para um movimento organizado que propaga discursos de ódio e incita atentados contra a democracia e autoridades públicas.

O perfil com nome de Poison, e namertag como @Comomeleca22, foi apagado após as denúncias nesta manhã, mas a PF já iniciou os procedimentos para identificar os responsáveis. Entre as mensagens, uma associava o nome de Erika a “projetos” de assassinato, enquanto outra sugeria “ficar na cola” da deputada.

As atividades desse grupo incluem o compartilhamento de símbolos nazistas, comentários racistas e transfóbicos, apologia ao abuso de cadáveres e preconceito contra nordestinos. Também sugerem atos violentos, como contratar pistoleiros para atacar adversários políticos.

Na manhã deste domingo (19), Erika Hilton protocolou um pedido na Polícia Federal (PF) para apurar as ameaças que recebeu após publicar um vídeo desmentindo informações falsas sobre uma suposta taxação do Pix. O conteúdo, divulgado no sábado (18), alcançou mais de 60 milhões de visualizações no Instagram e gerou uma onda de discursos transfóbicos e violentos contra a parlamentar.

Em suas declarações, Erika enfatizou que os ataques vão além de sua figura pessoal, representando uma ameaça direta ao debate democrático e à segurança de parlamentares eleitos.

“Espalhar a verdade sobre os fatos é fundamental para combater aqueles que querem destruir a democracia e o livre debate público”, afirmou.

Erika Hilton reforçou a necessidade de regulamentar plataformas digitais para coibir a disseminação de discursos de ódio e fake news. “A verdade e a informação organizada podem frear aqueles que odeiam o povo e a democracia”, declarou.

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