Ex-desafeto, bilionários e militares: conheça os integrantes polêmicos do novo governo Trump

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump: o republicano toma posse nesta segunda-feira (20). Foto: reprodução

Donald Trump, presidente eleito dos Estados Unidos, toma posse nesta segunda-feira (20) com quase toda sua equipe já definida. Entre os indicados estão militares, bilionários e até a ex-CEO de uma empresa de luta livre.

Nos EUA, os secretários de governo têm funções semelhantes aos ministros no Brasil, e grande parte dos indicados de Trump ainda precisa da aprovação do Senado. Com o Partido Republicano no controle da Casa, as nomeações não devem enfrentar obstáculos.

Confira alguns nomes:

JD Vance, ex-desafeto

What could we see from a Vice President JD Vance? - ABC News
JD Vance, vice-presidente. Foto: reprodução

James David Vance, mais conhecido como “J.D. Vance”, será o vice-presidente e ocupará o cargo como o terceiro mais jovem da história americana. Antes de se aliar a Trump, Vance era senador por Ohio e foi crítico ferrenho do republicano durante as eleições de 2016.

Após reconciliar-se com Trump, tornou-se um de seus maiores aliados e defensor da ideologia “MAGA” (Make America Great Again). Além de vice-presidente, Vance presidirá o Senado, onde terá o poder de desempatar votações importantes.

Marco Rubio

O senador americano Marco Rubio em imagem de 5 de maio de 2020 — Foto: Andrew Harnik / Pool / AFP
O senador americano Marco Rubio: ele será nomeado secretário de Estado. Foto: Andrew Harnik / Pool / AFP

Marco Rubio, nomeado para secretário de Estado, tem uma longa trajetória política e é filho de imigrantes cubanos. Rubio foi impulsionado pelo Tea Party, movimento conservador que ganhou força após a eleição de Barack Obama.

Em 2016, quando disputava com Trump a candidatura republicana à presidência, chamou-o de “trapaceiro” e “a pessoa mais vulgar que já aspirou à Presidência”. Apesar do histórico de atritos, sua nomeação representa uma reaproximação estratégica.

Crítico severo da China, opositor de Cuba e defensor de Israel, Rubio será o primeiro latino a ocupar o cargo de principal diplomata dos EUA, caso aprovado pelo Senado.

Thomas Homan

Tom Homan em setembro de 2019 — Foto: REUTERS/Jonathan Ernst
Tom Homan, nomeado como “czar da fronteira”. Foto: REUTERS/Jonathan Ernst

Thomas Homan, nomeado como “czar da fronteira”, será responsável pela política migratória dos Estados Unidos. Durante o primeiro mandato de Trump, Homan foi amplamente criticado por defender a separação de crianças de suas famílias em casos de imigração ilegal.

Na época, ele ocupava o cargo de diretor interino do Serviço de Imigração e Alfândega (ICE). Como “czar”, uma referência aos antigos imperadores russos com poderes absolutos, Homan terá autonomia para implementar políticas rigorosas de controle migratório.

Elon Musk

Elon Musk fechou escritório da rede social X no Brasil após descumprir ordens judiciais — Foto: David Swanson/Reuters
O bilionário Elon Musk: ele irá chefiar o Departamento de Eficiência Governamental dos Estados Unidos. Foto: reprodução

Elon Musk, bilionário e CEO da Tesla e SpaceX, liderará o Departamento de Eficiência Governamental, que será gerido em conjunto com Vivek Ramaswamy.

Embora o órgão não faça parte oficialmente do governo americano, Musk terá forte influência na desregulamentação de setores estratégicos como inteligência artificial e criptomoedas.

Críticos afirmam que sua nomeação pode gerar conflitos de interesse, já que suas empresas têm contratos bilionários com o governo.

Robert F. Kennedy Jr.

Robert F. Kennedy Jr. — Foto: Thomas Machowicz/Reuters
Robert F. Kennedy Jr.: ele será o futuro secretário de Saúde. Foto: Thomas Machowicz/Reuters

Robert F. Kennedy Jr., advogado e membro da famosa família Kennedy, será o novo secretário de Saúde e Serviços Humanos.

Conhecido por suas posições antivacinação e por espalhar teorias da conspiração durante a pandemia, Kennedy prometeu combater condições como obesidade, diabetes e autismo, além de reformar a FDA (agência reguladora de alimentos e medicamentos).

Suas declarações anteriores, afirmando que vacinas causam autismo, foram desmentidas por estudos internacionais, mas continuam gerando preocupações entre especialistas.

Mike Waltz

Deputado Michael Waltz discursa durante convenção nacional republicana, em julho de 2024. — Foto: REUTERS/Mike Segar/File Photo
Mike Waltz: ele será conselheiro de Segurança Nacional. Foto: REUTERS/Mike Segar/File Photo

Mike Waltz, veterano de guerra e crítico da China, será o conselheiro de Segurança Nacional. Waltz, que já foi deputado e oficial da Guarda Nacional, coordenará a segurança nacional e as relações com outras agências governamentais. Ele é conhecido por suas fortes opiniões em defesa da política militar conservadora de Trump.

Linda McMahon

Top Three Reasons Linda McMahon Should Not Be Secretary of Education | NEA
Linda McMahon, ex-CEO da WWE: ela será a nova secretária de Educação. Foto: reprodução

Linda McMahon, ex-CEO da WWE, será a nova secretária de Educação. McMahon, que anteriormente liderou a Administração de Pequenas Empresas no governo Trump, agora comandará uma pasta que o presidente já prometeu eliminar.

Apesar disso, espera-se que McMahon promova políticas conservadoras, incluindo o corte de programas de diversidade nas escolas públicas.

Kash Patel

Kash Patel, escolhido por Trump para chefiar o FBI. — Foto: AP Photo/José Luis Villegas, File
Kash Patel, escolhido por Trump para chefiar o FBI. Foto: AP Photo/José Luis Villegas, File

Kash Patel, leal a Trump e ex-procurador federal, será o novo diretor do FBI. Patel, figura central nas investigações sobre os contatos da campanha de Trump com a Rússia em 2016, defende que o FBI deixe de realizar atividades de inteligência, limitando-se a investigações criminais.

Kash também afirmou que qualquer funcionário que se recuse a apoiar a agenda de Trump deve ser demitido.

Steve Witkoff

Trump recebe Steve Witkoff na Flórida, em 7 de janeiro de 2025 — Foto: REUTERS/Carlos Barria
Steve Witkoff: ele trabalhará como o enviado dos Estados Unidos para resolver questões no Oriente Médio. Foto: REUTERS/Carlos Barria

Steve Witkoff, empresário e antigo sócio de Trump, será o enviado especial ao Oriente Médio. Witkoff participou de negociações para um cessar-fogo entre Israel e o Hamas antes mesmo de assumir oficialmente o cargo. Trump prometeu “abrir os portões do inferno” na região caso reféns não fossem libertados.

Keith Kellogg

Keith Kellogg durante coletiva de imprensa na Casa Branca, em setembro de 2022 — Foto: REUTERS/Carlos Barria
Keith Kellogg, enviado para Ucrânia e Rússia. Foto: REUTERS/Carlos Barria

Keith Kellogg, general de 80 anos, será o enviado especial para tratar da guerra entre Rússia e Ucrânia. Kellogg propõe congelar as linhas de batalha e adiar a entrada da Ucrânia na Otan como parte de seu plano para encerrar o conflito.

Especialistas alertam que o acordo pode resultar na perda de territórios para a Rússia, o que pode gerar insatisfação entre os ucranianos.

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