Na frente do Pix: boleto é principal método de pagamento de empresas; saiba o motivo

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Enquanto o Pix domina as transações entre pessoas físicas no Brasil, no universo corporativo a escolha é outra: o boleto bancário é o método de pagamento preferido por 65% das empresas. Essa preferência foi revelada pelo estudo Panorama de Gestão Fiscal e Financeira 2025, realizado pela Qive, empresa de tecnologia anteriormente conhecida como Arquivei, com o apoio da Endeavor. 

Segundo o levantamento, 65% das companhias optam por boletos, enquanto o Pix aparece com 33% das preferências e o cartão de crédito, com apenas 2%. A escolha pelo boleto como método de pagamento no mundo empresarial se deve a fatores como segurança e compatibilidade com sistemas internos. 

Isso porque a padronização dos comprovantes, junto ao rastreamento mais robusto das transações e a possibilidade de múltiplas aprovações tornam o boleto mais atrativo para empresas que realizam operações em larga escala. Além disso, limitações em sistemas de gestão empresarial (ERPs) que não integram completamente o Pix reforçam essa preferência.

“Independentemente do método escolhido, é fundamental verificar a autenticidade das informações e adotar ferramentas antifraude para reduzir riscos. Automatizar a conciliação com as notas fiscais contribui para um controle financeiro mais eficiente”, destaca Adriana Karpovicz, diretora de Vendas para Grandes Contas na Qive.

Alto número de pagamentos

O estudo ouviu 400 empresas de diferentes setores, como tecnologia, saúde, indústria e serviços, abrangendo desde microempresas até grandes corporações. A pesquisa revelou que 41% das empresas realizam entre 101 e 500 pagamentos mensais, enquanto 35% executam mais de 500 transações mensais.

Gerir um volume elevado de pagamentos requer processos bem estruturados, algo que muitos negócios ainda não possuem. Quase metade (48%) dos entrevistados relatou gastar muito tempo com atividades manuais que poderiam ser automatizadas.

“Existe um receio infundado de que a automação substitua pessoas, mas o contrário é verdade. A tecnologia permite que os profissionais se concentrem em tarefas estratégicas, gerem melhores resultados e agreguem valor ao trabalho”, ressalta Karpovicz.

Atentos às mudanças fiscais

A pesquisa também destaca que 69% das empresas veem as mudanças constantes e a dificuldade com as regras fiscais como seu principal desafio. Entre as entrevistadas, 43% já receberam multas fiscais, um índice que sobe para 53% na região Nordeste, onde a legislação estadual tende a ser mais complexa e o acesso à automação é menor.

Além disso, 54% das empresas acreditam que até 10% do faturamento está comprometido com multas fiscais, o que evidencia a urgência de uma gestão tributária eficiente. “Sem processos automatizados e uma equipe qualificada, as empresas estão mais suscetíveis a erros, atrasos e multas fiscais, o que impacta diretamente seus resultados”, avalia Karpovicz.

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