Bolsonaro diz que se arrepende de generais no governo e queria ministros “casca grossa”

O ex-presidente Jair Bolsonaro e os generais Walter Braga Netto e Augusto Heleno. Foto: Reprodução

O ex-presidente Jair Bolsonaro sinalizou que se arrependeu da composição de seu governo e disse que não nomearia novamente generais para ministérios do Palácio do Planalto. Ele diz que deveria ter escolhido auxiliares “parrudos”.

“Você fala: ‘o que faria diferente’? Os ministros palacianos seriam diferentes. Eu não teria lá alguns nomes, um general aqui. Eu não teria mais general ali. Eu ia ter ministros mais parrudos, mais casca grossa, para enfrentar o sistema”, afirmou em entrevista ao canal bolsonarista Fio Diário.

O desabafo ocorre em meio às investigações sobre a trama golpista, que apontou a participação dos generais Walter Braga Netto (ex-ministro da Casa Civil), Augusto Heleno (ex-chefe do GSI) e Mário Fernandes (ex-número dois da Secretaria Geral da Presidência).

Segundo a coluna Painel na Folha de S.Paulo, pessoas próximas ao ex-presidente têm relatado que ele está irritado nos últimos meses com os militares que participaram do governo. Bolsonaro diz que eles foram inoperantes e omissos na relação com a classe política e o Judiciário.

O ex-presidente Jair Bolsonaro em entrevista ao canal bolsonarista Fio Diário. Foto: Reprodução/YouTube

Bolsonaro ainda foi acompanhado por Hamilton Mourão, ex-vice-presidente e atualmente senador pelo Republicanos, e Luiz Eduardo Ramos, ex-ministro da Secretaria-Geral da Presidência. Ele nomeou 16 generais no total.

Os generais perderam espaço durante o governo do presidente Lula, que nomeou somente um militar para cargo de confiança em sua administração: Marcos Antonio Amaro dos Santos, atual ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI).

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