Gleisi: indiciamento de diretores da PRF “expõe golpe para roubar” Lula em 2022

Gleisi Hoffmann: presidente nacional do PT comentou o indiciamento de quatro ex-diretores e coordenadores da PRF que atuaram no golpe contra o presidente Lula em 2022 – Foto: Reprodução

A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, afirmou que o indiciamento de quatro ex-diretores da Polícia Rodoviária Federal (PRF), acusados de tentarem coibir eleitores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na última eleição, expõe a “extensão do golpe armado para roubar a vitória de Lula nas eleições de 2022”.

A declaração foi feita após a Polícia Federal (PF), nesta quarta-feira (22), anunciar o indiciamento de quatro ex-diretores e coordenadores da PRF. Segundo Hoffmann, os envolvidos “terão de pagar pelo que fizeram”. Os acusados teriam participado de operações para impedir eleitores de Lula de votarem no segundo turno.

Entre os indiciados estão Luis Carlos Reischak Júnior, Rodrigo Cardozo Hoppe, Djairlon Henrique Moura e Adiel Pereira Alcântara, além de Bruno Nonato dos Santos Pereira, ex-coordenador da ANTT. As investigações apontam que a PRF realizou blitze ilegais, principalmente no Nordeste, desobedecendo ordens do então presidente do TSE, Alexandre de Moraes, para suspender as fiscalizações. A estratégia buscava dificultar o acesso dos eleitores às urnas.

Os ex-diretores da PRF Luis Carlos Reischak Júnior (Inteligência) e Djairlon Henrique Moura (Operações), dois dos quatro policiais rodoviários indiciados pela PF – Foto: Reprodução

Segundo a PF, as ações configuram crimes como desobediência, prevaricação e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito. Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da PRF, já havia sido indiciado anteriormente e é apontado como o principal articulador do esquema. Mensagens revelam que as fiscalizações foram planejadas com direcionamento político e sem embasamento técnico.

Hoffmann destacou que os bloqueios, que afetaram principalmente ônibus fretados, ocorreram em regiões onde Lula teve ampla maioria de votos. Durante o segundo turno, 2.185 veículos foram fiscalizados no Nordeste, enquanto apenas 571 passaram por fiscalização no Sudeste. “Foi um crime contra a democracia”, enfatizou a presidente do PT.

O caso foi encaminhado ao STF e será analisado pelo ministro Alexandre de Moraes. A Procuradoria-Geral da República decidirá os próximos passos, que podem incluir a apresentação de denúncia ou arquivamento.

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