Trump dá prazo de 100 dias para enviado acabar com guerra na Ucrânia

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, falando em microfone, sério, em foto feita de baixo
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump – Reprodução

O presidente recém-empossado dos Estados Unidos, Donald Trump, determinou um prazo de 100 dias para que Keith Kellogg, enviado especial da Casa Branca, negocie o fim do conflito na Ucrânia. A missão enfrenta ceticismo internacional, embora a Rússia tenha sinalizado, nesta quarta-feira (22), uma abertura para dialogar com o novo governo americano. Com informações do jornal O Globo.

Moscou vê a possibilidade de acordos após o republicano ameaçar sanções caso o país se recuse a negociar um cessar-fogo. Enquanto isso, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, defende supervisão militar internacional, solicitando 200 mil soldados de manutenção da paz.

Trump usou sua rede social Truth Social para reiterar a pressão sobre Moscou. “Se não fizermos um ‘acordo’, e em breve, não terei outra escolha senão impor altos níveis de impostos, tarifas e sanções a qualquer bem vendido pela Rússia aos Estados Unidos”, escreveu nesta quarta-feira. A declaração intensifica a retórica adotada nos últimos dias contra o governo russo.

Em resposta, o vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Ryabkov, declarou que há uma “pequena janela de oportunidade” para negociações com a administração Trump: “Não podemos dizer nada hoje sobre o grau de capacidade de negociação do novo governo, mas ainda assim, em comparação com a falta de esperança em todos os aspectos do chefe da Casa Branca anterior, há uma janela de oportunidade hoje, embora pequena”.

“Portanto é importante entender com o que e com quem teremos de lidar, qual a melhor forma de construir relações com Washington, qual a melhor forma de maximizar as oportunidades e minimizar os riscos”, acrescentou ele em discurso no Instituto de Estudos Americanos e Canadenses, em Moscou.

Zelensky reforçou a necessidade de envolvimento internacional para garantir a segurança de qualquer acordo com a Rússia. Em discurso no Fórum Econômico Mundial, em Davos, ele afirmou que “precisamos de contingentes com um número muito grande de soldados”: “Duzentos mil [soldados], esse é o mínimo, caso contrário, não é nada”.

O presidente ucraniano alertou que iniciativas menores podem repetir os fracassos da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), que não conseguiu impedir a invasão russa em 2022.

Lideranças europeias temem que um acordo intermediado pelos Estados Unidos resulte em concessões territoriais significativas por parte da Ucrânia. Além disso, há receio de que Trump reduza ou elimine o apoio militar americano a Kiev, que foi fortalecido durante o mandato de Joe Biden. O republicano indicou que pode rever o envio de armas, considerando recuperar parte dos US$ 61 bilhões destinados ao país.

Conheça as redes sociais do DCM:
⚪️Facebook: https://www.facebook.com/diariodocentrodomundo
🟣Threads: https://www.threads.net/@dcm_on_line

Adicionar aos favoritos o Link permanente.