Inspirado em Trump, Milei quer revogar feminicídio e sair da OMS e do Acordo de Paris

O presidente da Argentina, Javier Milei, e sua irmã, Karina Milei. Foto: Agustin Marcarian/Reuters

O presidente da Argentina, Javier Milei, planeja retirar o país do Acordo de Paris e da OMS (Organização Mundial da Saúde), além de excluir o feminicídio do Código Penal. Os projetos tem sido discutidos por sua equipe nos corredores da Casa Rosada, segundo a Folha de S.Paulo.

As medidas são estudadas pelo chamado “triângulo de ferro” do governo, formado por Milei, sua irmã Karina (secretária-geral da Presidência) e Santiago Caputo (assessor e ex-consultor político), que estaria liderando essa agenda.

À imprensa local, membros do governo Milei dizem que terão ampla resistência no Congresso, mas que ainda querem pautar os projetos. A estratégia é usar o discurso de Milei no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, para criticar agendas sobre meio ambiente, igualdade de gênero e organismos internacionais.

O crime de feminicídio foi incorporado ao Código Penal argentino em 2012. O delito é considerado somente um agravante do homicídio quando existe uma motivação por violência de gênero e pode resultar em pena de prisão perpétua.

O governo argentino também avalia acabar com cotas para pessoas trans no serviço público e com a obrigatoriedade de uma formação sobre igualdade de gênero a servidores. O fim do casamento afetivo e do direito ao aborto legal também são estudados, mas devem ficar fora do pacote no momento.

Os presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, e da Argentina, Javier Milei. Foto: AFP

Milei está seguindo os passos de Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, em sua decisão sobre a OMS e o Acordo de Paris. O argentino diz não acreditar que o aquecimento global é acelerado pelas ações do homem e já criticou o que chama de “sinistro ecologismo radical”.

O mandatário americano também tem assinado medidas de restrição de gênero e contra a diversidade no país. Trump removeu, por exemplo, palavras e expressões como “gay”, “lésbica”, “bissexual”, “LGBT”, “HIV”, “orientação sexual” e “transgênero” de sites do governo federal.

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