Caixa Seguridade: JPMorgan começa a cobrir CXSE3 com compra e projeta alta de 34%

O JPMorgan iniciou a cobertura das ações da Caixa Seguridade (CXSE3) com recomendação overweight (exposição acima da média do mercado, equivalente à compra) e preço-alvo de R$ 18 para dezembro de 2025, implicando um potencial de retorno de 34%, incluindo um dividend yield (dividendo sobre o preço da ação) de 9%.

A seguradora, na avaliação do banco, oferece aos investidores acesso a produtos de seguros com alto retorno sobre patrimônio líquido (ROE, na sigla em inglês), como seguros de vida, hipotecário, residencial, previdência, títulos de capitalização e consórcio (de 20% a 70% de ROE).

“Esses altos ROEs são impulsionados pelo fato de esses produtos serem mais dependentes de distribuição do que de precificação”, diz o JPMorgan.

Além disso, de acordo com o relatório, o acesso a uma ampla rede de distribuição da Caixa Econômica Federal (CEF), com 3.300 agências e 150 milhões de clientes (20 milhões ativos), deve impulsionar o crescimento.

O banco também vê a Caixa Seguridade sendo beneficiada pelos ventos favoráveis da taxa Selic elevada – o JPMorgan prevê a Selic em 15,25% ao final do ano.

Preferência relativa

Apesar do BB Seguridade (BBSE3) oferecer um modelo de negócios igualmente premium, o JPMorgan prefere a Caixa Seguridade devido ao menor impacto de risco de renovação contratual em seu valor presente líquido (NPV).

Notavelmente, o contrato da Caixa Seguridade com a Caixa Econômica Federal (CEF), que garante acesso à rede de distribuição, expira em 2050, enquanto o contrato do BB Seguridade com o Banco do Brasil vence em 2033.

Entre as seguradoras, o banco disse preferir a Porto Seguro (PSSA3), com avaliação 8,1 vezes Preço/Lucro para 2025, seguida por Caixa Seguridade, com 10,1 vezes P/L, BB Seguridade, com 8,8 vezes P/L, e IRB (IRBR3), com 8,0 vezes P/L.

Ampla rede de distribuição

A Caixa Seguridade possui um contrato de 35 anos com a CEF, que garante acesso e receitas de comissão para todos os produtos de seguros vendidos por meio das agências e clientes da CEF. O canal de corretagem representa 42% da receita projetada para este ano.

O JPMorgan pontua que a Caixa Seguridade tem uma penetração menor do que o BB Seguridade em produtos como hipoteca, seguro de crédito, previdência e títulos de capitalização, o que, em sua visão, adiciona potencial de crescimento.

Dividendos elevados

Com a combinação de altos retornos e baixas necessidades de capital, o JPMorgan prevê um payout de cerca de 90% dos lucros Caixa Seguridade, gerando um atrativo dividend yield de 9% em 2025.

Selic mais altas como catalisador

Analistas destaca que a receita financeira da seguradora representou cerca de 28% dos resultados nos três primeiros trimestres de 2024. Cerca de metade dos investimentos da empresa estão alocados em títulos indexados a taxas flutuantes, o que beneficia a Caixa Seguridade da alta dos juros.

Nesse sentido, o banco projeta que cada aumento de 1 ponto percentual acrescente R$ 40 a R$ 50 milhões ao lucro (1% do lucro líquido). Assim, um ciclo de alta de 5 pontos deve representar um impacto positivo de 5% no Lucro por ação (EPS, na sigla em inglês).

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