Eduardo Bolsonaro puxa o saco de Trump e diz que assumiria “sacrifício” de presidir o Brasil

O deputado federal Eduardo Bolsonaro em vídeo gravado nos EUA. Foto: reprodução

Ainda nos Estados Unidos, onde foi para acompanhar a posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse, em entrevista ao Globo, que a volta do republicano à Casa Branca “encoraja” a direita brasileira a seguir adiante e “encurrala” o governo brasileiro de Lula (PT).

Sem mencionar o gesto nazista de Steve Bannon em homenagem a seu pai, ele agradeceu ao estadunidense pela indicação como “futuro presidente do Brasil” e disse que assumiria o “sacrifício” de se candidatar caso fosse a escolha do ex-presidente, atualmente inelegível:

O senhor concorda com o presidente Donald Trump quando ele diz que os Estados Unidos não precisam do Brasil?

É necessário contextualizar. O Lula, antes da eleição, disse que torcia para a Kamala Harris, em um momento em que a população americana o aclamava, enquanto no Brasil o chamavam de nazista. Ele não tem motivos para sorrir para o Lula. A fala do Trump foi um mero resultado disso.  […]

O senhor se sentiu preterido ao ficar de fora do envento de posse no Capitólio?

Fomos tratados com toda a deferência possível, mas as pessoas parecem querer que sejamos convidados para dormir na Casa Branca. A gente tinha a entrada para (a cerimônia de) juramento do Trump, estávamos bem posicionados. Mas, por uma questão de segurança e meteorologia, mudaram o local. Nem mesmo os deputados americanos podiam entrar com convidados. Estavam apenas chefes de estados e ex-presidentes.

Como a volta de Trump ao poder ajuda a direita no Brasil?

A eleição do Trump nos encoraja a seguir adiante. Os países andam lado a lado em questões políticas. Mas, o mais importante, é que o Lula não poderá bater de frente com os EUA. O governo Lula perde o governo Biden como aliado. São outros tempos que estão chegando […]

Steve Bannon colocou seu nome como futuro presidente durante um evento nos EUA, mas o seu pai já o desautorizou publicamente quando cogitou essa possibilidade. O senhor tem pretensões de concorrer?

Vejo esses comentários como elogio, mas meu plano A, B e C segue sendo Jair Bolsonaro. Mas, se ocorrer, se for para ser o candidato com ele escolhendo, eu me sacrificaria, sim.

O seu pai disse que o Congresso é o caminho para reverter a sua inelegibilidade. Há algum acordo com a futura cúpula da Câmara para votar essa pauta?

Esse assunto é tratado internamente. Temos trabalhado este assunto, sim, principalmente a anistia aos condenados pelo 8 de janeiro. Mas não convém publicizar. Tudo está sujeito a interferências judiciais atualmente.

O seu pai declarou em entrevista que poderia fugir do país caso quisesse. Essa é uma opção?

Nunca ouvi isso da boca dele. Se ele quisesse, nem sequer teria voltado dos EUA (em 2023, após ter passado três meses no país). Ele foi à Argentina e voltou (em dezembro de 2023). Bolsonaro sempre falou que quer estar no Brasil e enfrentar este processo judicial perseguidor. Não vejo esta possibilidade.

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