Dólar cai a R$ 5,91 após conversa amigável de Trump com China e revisão de acordo

Um funcionário conta notas de dólar americano em uma casa de câmbio em Jacarta, Indonésia, na quarta-feira, 2 de março de 2022 (Dimas Ardian/Bloomberg)

O dólar à vista fechou em queda em relação ao real nesta sexta-feira (24), ampliando o recuo da semana, uma vez que os investidores reagiam positivamente a comentários na véspera do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que sinalizaram uma política comercial mais branda no país.

A moeda reagia especialmente a declarações de Trump sobre a possibilidade de realização de acordo comercial com a China. O presidente dos Estados Unidos, disse que sua conversa com o presidente da China, Xi Jinping, na semana passada, foi amigável e que ele acredita que pode chegar a um acordo comercial com o gigante asiático.

O dólar emplacou a quinta queda diária consecutiva no Brasil, encerrando a sexta-feira com o maior recuo semanal desde agosto do ano passado.

Dólar Hoje: Confira a cotação e fechamento diário do dólar comercial

Qual é a cotação do dólar hoje?

A moeda norte-americana à vista fechou em leve baixa de 0,12%, aos 5,9182 reais — a menor cotação desde 27 de novembro do ano passado, quando encerrou em 5,9141 reais.

Na semana, o dólar acumulou baixa de 2,42% — o maior recuo para o período desde a semana encerrada em 9 de agosto de 2024, quando cedeu 3,43% em cinco dias úteis.

Às 17h06 na B3 o dólar para fevereiro — atualmente o mais líquido — cedia 0,13%, aos 5,9260 reais.

Dólar comercial

  • Compra: R$ 5,918
  • Venda: R$ 5,918

Dólar turismo

  • Compra: R$ 5,943
  • Venda: R$ 6,123

O que acontece com o dólar hoje?

Na cena doméstica, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação oficial, sobe 0,11% em janeiro, sobre alta de 0,34% no mês anterior. Economistas consultados pela Reuters projetavam uma queda de 0,03% nos preços na base mensal e uma alta de 4,36% em 12 meses.

O real se beneficia também do déficit em conta corrente em dezembro e 2024 no País abaixo da mediana das projeções do mercado, enquanto os resultados do Investimento Direto no País (IDP) de US$ 2,765 bilhões em dezembro e de US$ 71,070 bilhões em 2024 superaram as estimativas dos economistas.

Ainda está no radar uma reunião do presidente Luiz Inácio da Silva pela manhã que contará com as participações dos ministros da Fazenda, Fernando Haddad; da Casa Civil, Rui Costa; e da Agricultura, Carlos Fávaro.

Ao longo da próxima semana, o foco tende a se direcionar para uma série de decisões de bancos centrais, com destaque para a reunião do Banco do Japão, na sexta-feira, que pode voltar a subir sua taxa de juros.

O Fed anuncia sua decisão na quarta-feira, com expectativa de que mantenha os juros, enquanto o Banco Central Europeu define o patamar de sua taxa na próxima quinta, quando se espera que as autoridades reduzam os custos dos empréstimos.

Na cena doméstica, o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) anuncia sua decisão também na quarta-feira, tendo já sinalizado na reunião de dezembro que elevará a Selic, agora em 12,25% ao ano, em 1 ponto percentual neste mês.

O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, já afirmou anteriormente que a “barra é alta” para alterar a orientação de juros da autarquia.

(Com Reuters e Estadão)

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