Entenda como o “pastor do PCC” ficou milionário lavando dinheiro em suas igrejas

Geraldo dos Santos Filho, conhecido como Pastor Júnior, em foto feita na prisão
Geraldo dos Santos Filho, conhecido como Pastor Júnior – Reprodução

Geraldo dos Santos Filho, conhecido como Pastor Júnior, foi preso após acumular um patrimônio estimado em pelo menos R$ 6 milhões. O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN), em suas investigações, desvendou a teia de crimes que envolveu não apenas o religioso, mas também seu irmão Valdeci Alves dos Santos, chamado de Colorido, um dos líderes do Primeiro Comando da Capital (PCC) até sua prisão em abril de 2022.

Ambos naturais de Jardim de Piranhas, Rio Grande do Norte, os irmãos migraram para São Paulo em busca de oportunidades. No entanto, acabaram se envolvendo com atividades criminosas e se associaram à facção criminosa.

Enquanto Valdeci ascendeu na hierarquia do PCC, Geraldo optou por trilhar um caminho diferente, utilizando igrejas evangélicas para lavar dinheiro sujo, sem ocupar cargos de liderança na organização criminosa, como destaca Augusto Lima, promotor do MPRN.

As investigações revelaram que Geraldo adquiriu um total de sete igrejas, cinco no Rio Grande do Norte e duas em São Paulo, todas utilizadas como fachada para lavagem de dinheiro proveniente do tráfico de drogas, a principal fonte de receita do PCC.

Fachada da Assembleia de Deus Para as Nações com carro de polícia e agente na porta
Geraldo dos Santos Filho fundou a Assembleia de Deus Para as Nações – Reprodução

O histórico criminal do Pastor Júnior remonta a 2002, quando foi preso com 12 quilos de cocaína na Rodovia Castelo Branco. Após uma condenação inicial de sete anos e seis meses em regime fechado, ele fugiu em 2003.

No entanto, sua liberdade foi breve, sendo recapturado em 2019. Durante seu período foragido, aumentou consideravelmente seu patrimônio por meio de intermediários, totalizando uma fortuna de pelo menos R$ 6,1 milhões entre 2002 e 2019, de acordo com os promotores.

Geraldo dos Santos Filho foi preso em um condomínio de luxo em Sorocaba, no interior de São Paulo, há pouco mais de um ano. Atualmente, ele e Valdeci aguardam julgamento no sistema penitenciário federal. Enquanto isso, as investigações sobre o uso de instituições religiosas para atividades criminosas continuam em andamento, com o objetivo de desmantelar o crime organizado no Brasil.

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