Mais de mil migrantes deixam o México rumo aos EUA em nova caravana

Uma nova caravana com mais de mil migrantes deixou a cidade de Tapachula, no sul do México, na noite de sábado (25), rumo aos Estados Unidos. A mobilização ocorre em meio ao endurecimento das políticas contra imigração irregular adotadas pelo presidente americano Donald Trump, que recentemente desativou programas de apoio a solicitantes de asilo.

Entre os migrantes, a esperança de entrar nos EUA persiste, mesmo diante das novas barreiras. “Decidimos ir até a fronteira para ver se nos dão uma resposta. Ainda temos a esperança de que vamos entrar nos EUA”, afirmou Aníbal José Arvelo, um venezuelano de 37 anos, em entrevista à AFP.

O governo Trump desativou o aplicativo CBP One, que anteriormente permitia que migrantes agendassem entrevistas para pedidos de asilo antes de chegar à fronteira.

Além disso, o presidente ordenou o envio de milhares de soldados para reforçar a segurança na fronteira sul e a reativação do programa “Fique no México”, que exige que estrangeiros aguardem do lado mexicano enquanto seus processos migratórios são analisados.

Segundo a Casa Branca, em apenas uma semana, foram realizadas 538 prisões de pessoas em situação irregular e outras medidas foram intensificadas para conter novas entradas.

A falta de oportunidades em Tapachula foi um dos principais motivos que levaram muitos a deixarem a cidade fronteiriça. “A situação aqui está difícil, não tem trabalho”, relatou Omar Ávila, um venezuelano de 25 anos que decidiu se juntar à caravana.

A trajetória dos migrantes é marcada por desafios e tragédias. Uma mulher que iniciou a viagem com seus dois filhos perdeu uma das crianças, que morreu arrastada por um rio na selva do Darién, entre a Colômbia e o Panamá, um dos trechos mais perigosos da rota migratória.

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