“Não vou me intimidar”: vereadora ameaçada por fãs de Oruam defende PL contra romantização do crime

Após abrir um boletim de ocorrência contra o rapper Oruam, a vereadora Amanda Vettorazzo, coordenadora do Movimento Brasil Livre (MBL), afirmou que seguirá defendendo o projeto de lei que “proíbe a contratação de shows, artistas e eventos abertos ao público infantojuvenil que envolvam qualquer tipo de expressão de apologia ao crime organizado ou ao uso de drogas.” Em fala ao Metro World News Brasil, Amanda declarou que não irá se calar diante das ameaças sofridas.

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A confusão envolvendo Amanda Vettorazzo e Oruam* teve início após o rapper tomar conhecimento de um vídeo publicado pela vereadora em que ela apresenta seu projeto de lei e menciona a atitude do cantor durante suas apresentações. Após a publicação Oruam, que é filho de Marcinho VP, utilizou suas redes sociais para convocar fãs e seguidores para realizarem uma “invasão” no perfil da vereadora.

Em declaração ao Metro, Amanda afirmou que o rapper tem direito de discordar do projeto de lei, mas “ultrapassou os limites ao incitar os seguidores” a procurarem suas redes sociais. “Após essa atitude, recebi diversas ameaças de morte, o que me levou a registrar um Boletim de Ocorrência contra ele”.

Apesar das ameaças, a vereadora reforçou que pretende seguir lutando pela aprovação do projeto de lei. “É fundamental combater mensagens que romantizam o crime ou o uso de drogas. Não vou me intimidar nem me calar diante desse tipo de pressão”.

Em meio aos comentários do vídeo publicado por ela, seguidores apoiaram o projeto de lei e criticaram a postura do rapper.

Entenda o PL

O Projeto de Lei, datado de 21 de janeiro de 2025, protocolado pela vereadora Amanda Vettrorazzo busca estabelecer diretrizes para a contratação de shows, artistas e eventos com acesso ao público infantojuvenil pela Administração Pública Municipal. Caso seja aprovado, ele proibirá a contratação com dinheiro público de artistas que promovam qualquer expressão de apologia ao crime ou ao uso de drogas.

No texto, ao qual o Metro teve acesso, também é previsto que o poder público não deve “promover a ‘adultização infantil’, observada quando há a aceleração forçada do desenvolvimento da criança para que ela tenha comportamentos ou contato com temas não esperados para sua idade e grau de amadurecimento psicológico”.

* O Metro tentou contato com o rapper Oruam para ouvir sua versão dos fatos, mas até o momento não obteve retorno.

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