Construtoras de média renda se destacam, mas BBA mantém preferência por baixa renda

Durante anos, o endividamento dos governos locais para projetos de construção gerou empregos e demanda no setor da construção (Qilai Shen/The New York Times)

O Itaú BBA apontou as construtoras de média renda como os maiores destaques do quarto trimestre de 2024, após as divulgações de dados operacionais do setor.

A equipe de análise do banco destaca o recorde de R$ 9,4 bilhões lançados em São Paulo (alta anual de 84%) e R$ 6,8 bilhões vendidos (alta anual de 66%), o que reforça o momento positivo no segmento de médio a alto poder aquisitivo, apesar das condições macroeconômicas desafiadoras.

Segundo relatório, a Cyrela (CYRE3) foi a principal contribuinte para esse número, com R$ 4,8 bilhões lançados no trimestre.

No entanto, analistas observam que esse aumento ocorreu em todas as empresas, com nomes como Lavvi (LAVV3), Mitre (MTRE3), Trisul (TRIS3) e Even (EVEN3) também lançando em torno de R$ 1 bilhão.

Já os estoques das empresas listadas permanecem controlados em 15 meses (ante 20 meses no 4T23), e a velocidade de vendas está no nível mais alto, em 21%.

Baixa renda

Em relação aos nomes de baixa renda, o BBA observou um aumento no preço médio das unidades vendidas para todas as empresas listadas, o que parece uma antecipação dos potenciais aumentos nos custos de construção devido ao aumento do INCC.

Ao longo do último ano, o preço médio consolidado passou de R$ 247 mil no 4T23 para R$ 260 mil no 4T24.

Apesar do aumento no preço, analistas destacam que os lançamentos e as vendas não foram negativamente impactados (a velocidade de vendas foi de 26% contra 24% no 4T23). O valor consolidado de lançamentos aumentou 40%, para R$ 28 bilhões, enquanto o valor de vendas subiu 30%, para R$ 27 bilhões.

O Itaú BBA manteve sua preferência pelo segmento de baixa renda, com Direcional (DIRR3) e Cury (CURY3) como suas escolhas principais, seguidas pelo segmento de médio renda, com Cyrela.

Dando continuidade à tendência do trimestre anterior, as empresas expandiram suas posições no banco de terrenos (aumento de R$ 7 bilhões no trimestre e R$ 30 bilhões na comparação anual) – o valor consolidado é de R$ 157 bilhões. O principal aumento veio da Plano&Plano (PLPL3), que teve um crescimento significativo, passando de R$ 11,9 bilhões em banco de terrenos no 4T23 para R$ 27,6 bilhões no 4T24.

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