Pai da vítima não é investigado no “caso Vitória”, diz Polícia Civil

Carlos Alberto Souza, pai de Vitória, agora é considerado suspeito pelo assassinato da jovem de 17 anos. Foto: reprodução

A Polícia Civil de São Paulo desmentiu, nesta segunda-feira (10), a informação de que Carlos Alberto Souza, pai da adolescente Vitória Regina de Sousa, de 17 anos, estaria entre os suspeitos do assassinato da jovem. Vitória foi encontrada morta em Cajamar, na região metropolitana de São Paulo, após desaparecer no dia 27 de fevereiro. O diretor do Departamento de Polícia Judiciária da Macro São Paulo (Demacro), Luiz Carlos do Carmo, afirmou em coletiva de imprensa que “não existe investigação contra o pai da vítima”.

Um relatório da investigação da Polícia Civil sobre a morte de Vitória aponta omissões do pai da vítima em depoimento. Segundo o documento, ele apresentou divergências durante as oitivas.

De acordo com o documento divulgado mais cedo, Carlos teve um comportamento estranho e chamou atenção de investigadores. Ele “estaria apresentando preocupações diversas da esperada no momento delicado desde o desaparecimento de sua filha”, segundo o relatório, e pediu um terreno ao prefeito da cidade.

A polícia também informou que pode ter encontrado o local onde Vitória foi mantida em cativeiro antes de ser assassinada. O espaço será periciado ainda nesta segunda-feira. Além disso, as autoridades investigam se houve abuso sexual contra a vítima e se o sangue encontrado em um carro apreendido pertence a ela.

Os resultados dos exames de DNA, no entanto, ainda devem demorar, pois é necessário realizar uma “descontaminação do material biológico” coletado no veículo de um dos suspeitos.

Velório de Vitória no ginásio municipal de Cajamar. Foto: Reprodução

Maicol Antonio Sales dos Santos, de 27 anos, foi preso no sábado (8) sob suspeita de envolvimento no caso. Ele é dono de um Toyota Corolla que teria sido visto no local onde Vitória desapareceu. Durante o depoimento, Maicol afirmou que estava em casa com a esposa na noite do crime, mas a companheira o desmentiu, dizendo que passou a noite na casa da mãe.

A juíza Juliana Junqueira, que acatou o pedido de prisão temporária de Maicol, destacou que “não há um único caminho investigativo que não aponte o envolvimento de Maicol com os fatos investigados”.

A polícia trabalha com a hipótese de que mais de uma pessoa participou do crime. Segundo Luiz Carlos do Carmo, os suspeitos se conheciam e eram amigos. “Demos um grande passo com a prisão do Maicol, um dos autores que praticou essa barbárie”, afirmou o diretor do Demacro.

No entanto, ainda não está claro o dia exato em que Vitória morreu, nem a motivação para o assassinato. “Temos as provas testemunhais que já ajudaram muito e temos as provas técnicas que vão chegar”, explicou do Carmo. “Mandante e os motivos têm que vir na sequência, para evitar um grande prejuízo para pessoas inocentes”, completou.

A Polícia Civil também pediu a prisão temporária de Daniel Lucas Pereira, mas a Justiça negou o pedido. A juíza, no entanto, autorizou busca e apreensão na casa do investigado, onde foi encontrado um celular que será analisado pelas autoridades.

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