
O governo de Israel postou e depois deletou uma mensagem nas redes sociais expressando condolências pela morte do Papa Francisco, sem explicar o motivo da remoção.
Um jornal israelense ligou a decisão à crítica do pontífice à guerra em Gaza.
Na segunda-feira, a conta verificada de Israel publicou uma mensagem na plataforma de mídia social X, que dizia: “Descanse em paz, papa Francisco. Que sua memória seja uma bênção”, acompanhada por uma imagem do pontífice visitando o Muro das Lamentações em Jerusalém.

O Jerusalem Post citou autoridades do Ministério das Relações Exteriores, que afirmaram que o papa fez “declarações contra Israel” e que a postagem nas redes sociais foi publicada “por engano”.
O papa Francisco, que faleceu na segunda-feira aos 88 anos, sugeriu em novembro que a comunidade global deveria estudar se a campanha militar de Israel em Gaza constitui um genocídio contra o povo palestino. Essa foi uma das críticas mais diretas do papa à conduta de Israel no conflito com o Hamas, iniciado em outubro de 2023.
Em janeiro, também chamou a situação humanitária em Gaza de “vergonhosa”, o que gerou críticas do rabino-chefe de Roma, que acusou Francisco de “indignação seletiva”. Israel rejeita as acusações de genocídio em sua campanha em Gaza, alegando que está caçando o Hamas e outros grupos armados.
Durante seus 12 anos de pontificado, o papa Francisco foi cuidadoso ao evitar tomar partido em conflitos e condenou o crescimento de grupos antissemitas, além de falar todas as noites por telefone com a pequena comunidade cristã de Gaza durante a guerra.
Em 2014, Francisco visitou o Muro das Lamentações, o local de oração mais sagrado do judaísmo, e também rezou em uma seção do muro construído por Israel na Cisjordânia ocupada, que divide Jerusalém e Belém.
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