Ministros do STF apoiam Moraes por intimação de Bolsonaro em UTI

Na UTI, Bolsonaro recebeu intimação enviada por Moraes. Foto: reprodução

A decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de determinar a intimação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na UTI do hospital DF Star, em Brasília, foi aprovada por seus pares na Corte.

Segundo Bela Megale, do Globo, os demais ministros avaliam que o local da citação não foi o “cenário ideal”, mas consideram que o próprio Bolsonaro se colocou nessa condição ao realizar atividades públicas, mesmo hospitalizado.

O réu por tentativa de golpe de Estado participou de uma live na noite de terça-feira (22), ao lado dos filhos Flávio, Eduardo e Carlos Bolsonaro, além do ex-piloto Nelson Piquet, para vender capacetes.

Na segunda-feira (21), ele já havia concedido entrevista ao SBT Brasil diretamente da cama da UTI. Durante a transmissão, o ex-presidente informou que havia retirado a sonda nasogástrica e que havia expectativa de alta para a segunda-feira seguinte.

Essas ações foram determinantes para que Moraes ordenasse a citação formal de Bolsonaro sobre o processo penal em que ele é acusado de tentativa de golpe de Estado em 2022. A intimação, realizada por uma oficial de Justiça na quarta-feira (23), também determina que o ex-presidente apresente sua defesa em até cinco dias.

Bolsonaro em surto ao receber intimação do STF. Foto: reprodução

“Apresentou piora clínica, elevação da pressão arterial e piora dos exames laboratoriais hepáticos. Será submetido hoje a novos exames de imagem”, informou boletim médico divulgado nesta quinta-feira (24) pelo Hospital DF Star. Segundo os médicos, Bolsonaro segue em jejum oral, recebe nutrição parenteral exclusiva, faz fisioterapia motora e segue com medidas de prevenção à trombose venosa.

A recomendação de não receber visitas permanece, embora o pastor Silas Malafaia e o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, tenham estado com ele nos últimos dias.

A defesa de Bolsonaro criticou a citação judicial. O advogado João Paulo Cunha Bueno afirmou nas redes sociais que a medida seria “inédita” e ilegal. “Digo ‘inédita’ porque o Código de Processo Penal é explícito ao vedar a citação de pacientes em estado grave — condição que, notoriamente, acomete o ex-presidente neste momento”, escreveu.

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