
A Valora Investimentos tem surfado com habilidade a onda do crédito estruturado no Brasil. A gestora, que acaba de atingir a marca de R$ 19 bilhões em ativos sob gestão, foi uma das protagonistas do episódio 157 do programa Outliers, do InfoMoney. A participação contou com a presença do CEO Daniel Pegorini e do sócio-diretor Alessandro Vedrosi, responsável pela área imobiliária, em um bate-papo que revisitou os últimos anos da casa e detalhou sua estratégia vencedora.
Fundada há quase duas décadas, a Valora é reconhecida por sua atuação consistente em crédito estruturado, renda fixa e mercado imobiliário. Só em 2024, a gestora foi premiada em três categorias do Prêmio Outliers InfoMoney: melhor fundo Fiagro, melhor fundo de fundos imobiliários (FOF) e segundo lugar entre os fundos imobiliários de papel.
No episódio, Daniel Pegorini destacou que, desde a última participação no programa — em setembro de 2022, quando a Valora somava R$ 9,5 bilhões em ativos — a gestora praticamente dobrou de tamanho, mesmo tendo encerrado sua estratégia de private equity, que à época respondia por cerca de R$ 2 bilhões da carteira.
Crescimento
“Na prática, saímos de R$ 7,5 bilhões líquidos para R$ 19 bilhões. O mercado caminhou na nossa direção: somos especialistas em renda fixa e crédito privado desde o início. Estávamos no lugar certo, na hora certa, e com o time certo”, afirmou o CEO.
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A expansão se refletiu também na estrutura interna. O número de colaboradores dobrou e novos braços foram criados, como o de infraestrutura, que saiu de R$ 100 milhões para uma frente relevante. Segundo Pegorini, a lógica da Valora é atribuir a responsabilidade por novas verticais a sócios experientes durante o período de crescimento. Foi assim com o próprio Vedrosi na área de infraestrutura e, antes disso, no agro.
“O encontro com o Daniel Pegorini foi um marco. A Valora, na época com expertise forte em crédito privado, me abriu os olhos. A gente viu que havia muito espaço para desenvolver uma linha de crédito imobiliário fora do sistema bancário tradicional. E foi isso que fizemos”, contou Vedrosi.
Segundo ele, o primeiro Certificado de Recebíveis Imobiliários (CRI) foi estruturado rapidamente, em meio a muito esforço e um mercado ainda em formação. “Hoje parece simples, mas foi sangue, suor, lágrimas e, claro, alguma sorte”, disse.
A parceria com a XP também foi essencial, segundo os executivos. A Valora cresceu junto com a expansão do mercado de fundos listados, especialmente os imobiliários. “Nossa primeira emissão foi em 2018, bem quando começou a arrancada do setor. Estávamos lá desde o início dessa nova fase”, relembrou Vedrosi.
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