O ressegurador IRB (IRBR3) divulgou seus números mensais de fevereiro com um lucro líquido de R$ 29,5 milhões no período, ou alta anual de 45,3%.
Com isso, aponta o JPMorgan, somado aos R$ 41,4 milhões de janeiro, a taxa para o 1T25 (primeiro trimestre de 2025) avança a R$ 106 milhões o que, para os analistas do banco, está 18% abaixo da estimativa da equipe de R$ 130 milhões e 15% menor em relação ao consenso da Bloomberg de R$ 125 milhões.
“O destaque do mês foi uma receita bruta muito fraca, com prêmios brutos de R$ 186 milhões, uma queda de 40% em relação ao ano anterior. Em particular, os prêmios domésticos despencaram 50% ano a ano, enquanto os prêmios internacionais cresceram 17% — não temos certeza se houve algum grande contrato que foi transferido para março, pois é incomum ver uma queda dessa magnitude”, avalia a equipe de análise do banco.
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O JPMorgan ressalta estar cético em relação ao desempenho superior dos mercados internacionais, pois vê uma menor vantagem competitiva do IRB globalmente e, portanto, uma potencial lucratividade mais baixa.
Em outros aspectos, a relação de sinistros se comportou em 64% no mês, aproximadamente em linha com janeiro e com a estimativa do JPMorgan de 64,5%. A relação de comissões, por outro lado, ficou ligeiramente acima das expectativas do banco em 24,8% contra a estimativa de 20% para o 1T25.
No geral, a relação combinada (incluindo participação nos lucros) ficou em 103% no mês, em comparação com 105% em janeiro e 100% no 4T24.
“De modo geral, vemos um início de ano fraco e uma receita baixa pode implicar algum pequeno risco de queda em nossas estimativas de 2025 de R$ 548 milhões”, aponta o banco. O JPMorgan tem recomendação underweight (exposição abaixo da média do mercado, equivalente à venda) para IRBR3, apontando que a ação está negociada a 7,2 vezes o preço sobre o lucro (P/L) estimado para 2025, o que considera caro em comparação a outros seguradores e bancos.
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