Blindados da volatilidade, cetipados escapam de “banho de sangue” dos fundos listados

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O Ifix – índice dos FIIs negociados na Bolsa – acumula queda de mais de 10% e ensaia fechar 2024 com um dos piores desempenhos dos últimos anos. Outros tipos de fundos, como Fiagros e FI-Infra, também sofreram com a volatilidade do mercado. Uma classe, porém, se manteve imune: os cetipados.

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Giancarlo Gentiluomo, da AZ Quest, e Brunno Bagnariolli, da JiveMauá, falaram sobre o produto no encerramento do ciclo de debates Duelo de Fundos, evento do InfoMoney em parceria com a XP. Com mediação de Clara Sodré, analista de fundos da XP, eles também detalharam a estratégia dos fundos AZQI11 e MCCE11.

“No momento em que olhamos para os fundos imobiliários listados e observamos um ‘banho de sangue’, [percebemos que] indiscutivelmente a maioria dos FIIs está caindo muito mais do que seria justificado”, avalia Bagnariolli, sinalizando uma espécie de efeito manada em curso. “Nós somos movidos pela emoção e quando observamos tudo caindo no home broker, há um estímulo para vendermos também”, reflete.

O movimento – que puxa ainda mais as cotas para baixo e gera um círculo vicioso – se torna mais acentuado em mercados que têm como protagonistas investidores pessoas físicas. Hoje, os CPFs representam 76% do mercado de FIIs, por exemplo.  

“A dinâmica dos preços acaba sendo definida pelo sentimento da pessoa física, que nem sempre negocia pelo melhor valor possível [e vende sua posição no pânico]”, pontua Gentiluomo. “E o investidor que não tem interesse em se desfazer do papel acaba sofrendo uma marcação [desvalorização] muito grande nas suas cotas”, detalha.

Para solucionar esta distorção nos fundos listados, surgiram os cetipados que, diferentemente de um FII convencional, não têm suas cotas negociadas na Bolsa. A operação de compra e venda destes papéis é feita através de um intermediário e o preço segue o valor patrimonial da carteira.

Diante da dinâmica, o valor patrimonial das cotas será definido pelo preço dos ativos presentes no portfólio do fundo, que podem até oscilar, mas não no ritmo observado na Bolsa.

Duelo de fundos

Para discutir o atual momento de diversas classes de fundos de investimentos, a série Duelo de Fundos reuniu ao longo da semana representantes das principais gestoras do mercado na semana.

Na última quinta-feira (19), Paulo Mesquita, da Riza Asset, e Guilherme Grahl, da Valora Investimentos discutiram o futuro das carteiras que investem no agronegócio, especialmente os fundos RZTR11 e VGIA11.

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A abertura do ciclo contou com a participação de Flávio Cagno, da Kinea Investimentos, e de André Masetti, da XP Asset. Eles discutiram o comportamento dos fundos de “papel” – aqueles que investem em títulos de renda fixa.

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No dia seguinte, Felipe Teatini, do XP Malls (XPML11), e Bruno Margato, do Pátria Logística (HGLG11), debateram os desafios para os fundos de “tijolo” – que investem diretamente em imóveis.

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A série de encontros também reuniu Samer Serhan, da JiveMauá, e Christopher Smith, da Capitânia. Os gestores falaram sobre o que esperar dos fundos de infraestrutura (FI-Infra) no próximo ano.

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