Superlotação transforma UPA de Bento em hospital improvisado

Foto: Reprodução

A Unidade de Pronto Atendimento (UPA) 24 Horas de Bento Gonçalves enfrenta uma situação de muita atenção , funcionando como hospital e mantendo 28 pacientes internados por até 12 dias à espera de transferência para leitos adequados. A informação foi confirmada pela Secretaria Municipal de Saúde, que emitiu uma notificação oficial sobre a crise, destacando os riscos à segurança e à qualidade do atendimento.

Segundo o documento, a UPA deveria atuar como ponto intermediário na Rede de Atenção às Urgências, estabilizando pacientes e encaminhando-os para hospitais de maior complexidade em até 24 horas. No entanto, a falta de retaguarda do Hospital Tacchini e a insuficiência de vagas em hospitais na região comprometeram este fluxo.

Pacientes à espera de transferência

Relatórios anexados à notificação revelam que, no início de janeiro, diversos pacientes permaneciam internados na UPA por períodos prolongados. Entre os casos, destaca-se um paciente aguardando há 12 dias, além de outros com tempos de espera superiores a quatro dias.

A Secretaria de Saúde cobrou providências imediatas do Hospital Tacchini, classificado como referência na região, para absorver as demandas de internação e cirurgias. Também foi solicitado apoio da 5ª Coordenadoria Regional de Saúde para reorganizar os fluxos de atendimento.

Impactos na rede de saúde

A superlotação na UPA sobrecarrega equipes e reduz a capacidade de receber novos casos de urgência. Profissionais que atuam na unidade destacam que é imprescindível que ações sejam tomadas para mitigar esses impactos, que colocam em risco tanto os pacientes quanto os profissionais. 

A situação escancara as fragilidades da gestão de saúde na região e reforça a necessidade de articulação entre os governos estadual e municipal para atender à crescente demanda.

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