Lula reúne ministros hoje e discute como baixar preços dos alimentos

O presidente Lula (PT) convocou ministros nesta sexta-feira (24) para discutir medidas governamentais com o objetivo de reduzir o preço dos alimentos. Desde o início do ano passado, essa questão tem gerado preocupação no governo federal, após pesquisas de opinião apontarem que o custo elevado dos alimentos impacta a avaliação do presidente.

Em março do ano passado, Lula já havia realizado uma reunião semelhante sobre o tema. De acordo com o ministro recém-empossado da Secretaria de Comunicação (Secom), Sidônio Palmeira, a alta nos preços dos alimentos representa um dos principais obstáculos para a comunicação da gestão atual.

Após o ministro da Casa Civil anunciar e depois recuar em relação a uma possível intervenção, explicando que isso não significaria interferir artificialmente nos preços, o governo retomou os debates sobre possíveis soluções.

Participam do encontro desta sexta os ministros da Casa Civil, Rui Costa (PT); da Fazenda, Fernando Haddad (PT); da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro (PSD); e do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira (PT).

O governo aponta que eventos climáticos extremos, que prejudicaram a produção agrícola, são um dos fatores que contribuíram para o aumento do custo dos alimentos. Além disso, a alta do dólar nos últimos meses tem agravado a inflação, afetando diretamente os preços de produtos no Brasil, especialmente bens essenciais. Quando a moeda norte-americana sobe, itens relacionados à exportação, importados ou que dependem de insumos internacionais, como combustíveis, eletrônicos e alimentos, também sofrem aumento.

Durante a reunião ministerial realizada em 20 de janeiro, na Granja do Torto, Lula enfatizou a necessidade de ações para reduzir os preços dos alimentos.

“Se a gente trabalhou união e reconstrução, agora a gente vai ter que trabalhar outra coisa importante: reconstrução, união e comida barata na mesa do trabalhador, porque os alimentos estão caros na mesa do trabalhador”, disse o presidente.

“Todo ministro sabe que o alimento está caro. É uma tarefa nossa garantir que o alimento chegue na mesa do povo trabalhador, da dona de casa, na mesa do povo brasileiro, em condições compatíveis com o salário que ele ganha”.