Gestora de R$ 450 bi diz que cenário de crédito privado está positivo com juros altos

STOCK PICKERS 269 FAYGA DELBEM

Dois mil e vinte pode ser considerado o ano dos fundos de crédito privado. Quem afirma é Fayga Delbem, head de crédito core da Itaú Asset, a maior no segmento do país, que participou do episódio 269 do programa Stock Pickers, com apresentação de Lucas Collazo e Henrique Esteter.

“A gente vinha de um ano difícil, já que em 2023 tivemos alguns eventos (de crédito). Isso fez com que o spread médio na entrada de 2024 fosse muito atrativo”, diz a gestora.

Dessa forma, Fayga viu 2024 muito bom para o crédito privado, que se deparou com uma taxa de juros alta, mas não tão elevada o suficiente para impactar o balanço das empresas e o fluxo forte para a classe de ativos.

Fechamento do spread

“Isso trouxe uma conjuntura muito boa”, afirma. A gestora destaca que se observou ao longo do ano o fechamento do spread.

“A gente chega em dezembro com os primeiros soluços. Investidores e gestores olhavam para frente e viam que o mercado mudou. O spread já não tinha a gordura do começo do ano”, ressalta.

“De fato, a gente observou um fechamento de crédito importante ao longo de 2024. Além disso, o cenário macro tinha seus desafios”, aponta, acrescentando que as projeções da taxa Selic na casa de 15% ou próximo a isso em 2025 e, eventualmente, em 2026, “sem dúvida” pode impactar as companhias.

Gordura

“A gente sai de um mercado com gordura no spread e um ambiente mais controlado para um cenário macro mais desafiador, e começa com mais volatilidade”, afirma.

Como característica hoje na indústria de crédito privado, a gestora diz que há uma dispersão de spread muito grande, entre CDI +0,5% a CDI +5%.

“A seletividade para esse cenário atual é mais importante do que nunca. A dispersão do spread traz para o gestor o foco no crédito em 2025”, avalia.

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