De origem judia, candidata à presidência dos EUA é presa em ato pró-Palestina

Jill Stein, candidata à presidência dos EUA. Foto: AP Photo/ Matt Rouke

Jill Stein, candidata nas eleições presidenciais do EUA pelo Partido Verde, foi detida no último sábado (27) durante uma manifestação pró-Palestina na Universidade de Washington. Além dela, outras 80 pessoas foram apreendidas na instituição de ensino devido ao protesto.

“Na tarde de sábado, aproximadamente 100 pessoas, em sua maioria alunos da Universidade de Washington, incluindo a candidata presidencial do Partido Verde, Dra. Jill Stein, o gerente de campanha Jason Call e a vice-gerente de campanha Kelly Merrill-Cayer, foram detidas durante uma ocupação no campus”, afirmou um comunicado da equipe da candidata, que tem origem judia.

Nos Estados Unidos, há uma série de protestos estudantis favoráveis à Palestina. Os alunos estão demandando o término das hostilidades e o rompimento dos laços das instituições educacionais com empresas associadas a Israel.

Natural de Chicago e formada em medicina pela Universidade Harvard, Jill tem 73 anos e é a indicada à presidência pelo Partido Verde, cuja principal bandeira é a proteção ambiental.

Protestos a favor da Palestina na Califórnia. Foto: Mario Tama

Esta não é a primeira vez que concorre à presidência dos Estados Unidos. Jill participou das campanhas de 2012 e 2016, sem sucesso. A médica também concorreu ao cargo de governadora de Massachusetts em 2002 e 2010. Ela tem histórico de participação em outras manifestações que resultaram em detenção ou ações legais ao longo de sua carreira política.

Em 2012, foi presa ao tentar acessar um debate entre candidatos presidenciais, protestando contra a exclusão de partidos menores, como o seu. Já em 2016, uniu-se a grupos indígenas contra a construção de um oleoduto em suas terras, sendo posteriormente processada por grafar uma mensagem de protesto em um trator.

Nas mídias sociais, ela discute a herança judaica de sua família e se posiciona contra o conflito na Faixa de Gaza. “Como pessoa de origem judaica, cresci nos anos posteriores ao Holocausto, com parentes que fugiram dos pogroms e um avô chamado Israel, eu levo o ‘nunca mais’ muito a sério. E isso significa nunca mais para ninguém. Nunca mais é agora. Devemos encerrar imediatamente esse genocídio”, declarou um trecho do vídeo compartilhado por sua equipe.

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