Tarifas dos EUA sobre aço, Focus, produção e vendas de veículos, e outros destaques

Novas ameaças tarifárias do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, preocupam investidores na manhã desta segunda-feira (10). Trump prometeu anunciar hoje tarifas de 25% sobre todas as importações de aço e alumínio para os EUA. Cabe lembrar que o Brasil está entre os maiores fornecedores de aço para os americanos.

No Brasil, o mercado estará atento ao Boletim Focus, que será divulgado às 08h25, além de outros indicadores econômicos importantes. Às 10h, serão conhecidos os dados de produção e vendas de veículos de janeiro, ambos de relevância para a avaliação do setor.

O que vai mexer com o mercado nesta segunda

Agenda

Na manhã desta segunda-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva inicia sua agenda às 9h com uma reunião com o ministro da Secretaria de Comunicação Social, Sidônio Palmeira. Às 10h, ele se reúne com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, o advogado-geral da União, Jorge Messias, a secretária-executiva da Casa Civil, Miriam Belchior, e o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan. Em seguida, às 11h30, recebe o chefe do Gabinete Pessoal da Presidência da República, Marco Aurélio Marcola.

No período da tarde, às 14h40, Lula se encontra com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, e o secretário especial para Assuntos Jurídicos da Casa Civil, Marcos Rogério de Souza. Às 15h, a agenda segue com uma reunião com o ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha. O dia se encerra às 17h com a participação na cerimônia de entrega do Prêmio Selo Nacional Compromisso com a Alfabetização.

Gabriel Galípolo, presidente do BC, participa de audiência com representantes​ do Picpay, no Banco Central, no Rio de Janeiro, para tratar de assuntos institucionais. (fechado à imprensa)

Brasil

08h25 – Boletim Focus

10h – Produção de Veículos (janeiro)

10h – Vendas de Veículos (janeiro)

Internacional

Tarifas de Trump

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse no domingo (9) que anunciará nesta segunda-feira tarifas de 25% sobre todas as importações de aço e alumínio para os EUA. Falando aos repórteres no Força Aérea Um, Trump também disse que anunciará tarifas recíprocas na terça ou quarta-feira que entrarão em vigor quase imediatamente.

Guerra na Ucrânia

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou neste domingo (9) que conversou com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, por telefonema. A informação foi revelada hoje, pelo jornal New York Post. À bordo do avião presidencial, Trump disse que, “no momento apropriado”, deve se encontrar pessoalmente com o chefe do Kremlin. Ele ainda repetiu que tenta acabar com o conflito em território ucraniano. “Estamos fazendo progressos”, garantiu.

Economia

Impostos

O Impostômetro da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) registrou no domingo (9) que os contribuintes brasileiros já pagaram R$ 500 bilhões em impostos desde o início do ano, um aumento de 8,3% em relação a 2024. Ulisses Ruiz de Gamboa, economista da ACSP, atribui o crescimento à inflação, que impacta diretamente os preços dos bens e serviços, e a fatores como o aquecimento da economia e o aumento de tributos. Entre as principais causas estão a alta do ICMS, a reoneração dos combustíveis e medidas do governo, como a tributação offshore. Contudo, a expectativa é que o crescimento da arrecadação em 2025 seja mais modesto, devido à desaceleração econômica e à alta da Selic.

Mercado de ações

A operadora da B3 (B3SA3) está negociando a oferta de derivativos e ações brasileiras no exterior, com previsão de início em dois a três meses, informou o CEO Gilson Finkelsztain. As negociações envolvem plataformas digitais globais de investimentos, como a Interactive Brokers. Finkelsztain também comentou sobre o mercado de IPOs no Brasil, afirmando que, embora seja difícil prever, as futuras ofertas devem vir de empresas maduras e tradicionais, com potencial para oferecer liquidez aos investidores. A última oferta pública inicial de ações na B3 ocorreu há mais de três anos.

Política

Programas de crédito

Lula anunciou que, a partir desta semana, o governo federal lançará novos programas de crédito para estimular a economia. Segundo ele, com mais dinheiro circulando, menos pessoas buscarão dólares ou enviarão recursos ao exterior. O governo planeja um evento nos dias 11, 12 e 13 de fevereiro para apresentar iniciativas a prefeitos, com destaque para o Minha Casa, Minha Vida. A Caixa avalia ações como ampliação do Finisa, retomada de crédito para Estados e municípios e expansão do microcrédito. As medidas ainda estão em discussão na Casa Civil.

Medidas

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o governo Lula está adotando medidas para reduzir o custo de vida, destacando a valorização do salário mínimo e a ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda. Ele criticou a gestão anterior de Jair Bolsonaro por não conceder aumentos reais ao salário mínimo e ressaltou que, desde 2023, o valor subiu de R$ 1.100 para R$ 1.508. Haddad também mencionou a isenção de impostos sobre a cesta básica, prevista na reforma tributária para 2027, e citou a criação de três milhões de empregos como reflexo das políticas econômicas atuais.

Preços dos alimentos

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou que o governo prevê uma queda nos preços dos alimentos ainda no primeiro semestre de 2025, impulsionada por uma colheita recorde. Segundo ele, as condições climáticas favoráveis indicam uma supersafra, o que deve reduzir os custos para os consumidores. Costa também destacou a recente queda do dólar, que pode ter efeitos positivos na economia. O anúncio ocorre em meio a preocupações com a inflação e ao esforço do governo para conter aumentos de preços, incluindo diálogos com empresários e ministérios.

Reação exagerada

Rui Costa também afirmou que a alta do dólar no final de 2024 foi uma reação “exagerada” do mercado à eleição de Donald Trump nos Estados Unidos. Segundo ele, o cenário internacional mais conflituoso gerou expectativas negativas, impulsionando a valorização da moeda norte-americana. No entanto, Costa destacou que o dólar tem apresentado quedas consecutivas nos últimos dias, o que pode trazer impactos positivos para a economia brasileira, refletindo na redução de preços no país.

Favorecidos no IR

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o governo está corrigindo distorções nas contas públicas, incluindo a tributação de camadas mais ricas da população. Em entrevista à rádio Cidade, de Caruaru (PE), ele destacou que os ricos foram favorecidos por isenções fiscais, como fundos em paraísos fiscais que não pagavam impostos no Brasil. Segundo Haddad, o governo Lula reverteu esse cenário ao ampliar a faixa de isenção do imposto de renda e compensar a arrecadação com tributos sobre grandes fortunas. O ministro também ressaltou que o déficit público acumulado nos governos anteriores foi de quase R$ 2 trilhões, e que a atual gestão tem trabalhado para corrigir essa trajetória, mantendo a dívida pública sob controle.

Impeachment de Lula

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, afirmou que não pautará um pedido de impeachment contra o presidente Lula por suposta pedalada fiscal no programa Pé-de-Meia. Ele destacou que o foco é evitar movimentos que tragam instabilidade ao país. Sobre as eleições de 2026, Motta acredita que Lula e Bolsonaro continuarão sendo os principais líderes, embora tenha dúvidas sobre a candidatura de Bolsonaro. Ele também enfatizou a importância de tratar a segurança pública como uma questão de Estado, buscando endurecer penas para crimes. Em relação ao semipresidencialismo, Motta afirmou que a proposta será discutida, mas sem urgência. Por fim, comentou que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, deve disputar a reeleição, e que novas lideranças de centro podem surgir nas eleições de 2030.

(Com Reuters e Estadão Conteúdo)

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