Após um período em alta, preço do café pode estabilizar nos próximos meses

Com consumo médio de mais de 1.000 xícaras ao ano por pessoa, o brasileiro pode se preparar para novas altas no preço do café ao longo dos próximos meses. Conforme predição da Associação Brasileira da Indústria do Café (ABIC) a expectativa é de que a safra deste ano possa ajudar a estabilizar o preço, que vem assustando o consumidor ao longo dos últimos meses.

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Segundo fala de Elaine da Cruz, diretora de Estudos e Pesquisas do Procon-SP ao Metro World News Brasil, em 12 meses o preço do café variou 45,09%, sendo que os valores considerados para estudo da variação são os dos produtos encontrados a venda nas prateleiras. Por sua vez, a ABIC aponta que o aumento vem sendo observado de forma mais intensa desde novembro do ano passado.

Para a associação, a variação nos preços pode ser vista como um reflexo de uma combinação de fatores, que vão desde o aumento da procura e consumo do café, até as condições climáticas que afetam seu plantio e colheita.

Ritmo de consumo acelerado e problemas com o clima

Dados divulgados pela ABIC revelam que o Brasil segue como o principal consumidor dos cafés nacionais. Entre novembro de 2023 e outubro de 2024 houve um aumento de 1,11% em relação ao consumo no período anterior, este ritmo de consumo garante o país na segunda posição do ranking que lista os maiores consumidores de café, ficando atrás apenas dos EUA.

Somado ao aumento constante do consumo, os produtores de café passaram por momentos ruins na lavoura. Em 2021 uma geada acabou com quase 20% da safra de café arábica, causando impactos nos anos seguintes, necessários para a recuperação da plantação. Já em 2023, as alterações climáticas com picos de altas temperaturas e longas estiagens também afetou a produção, que voltou a ser impactada pelas chuvas constantes no último ano.

Diante de todos os fatores, a ABIC reforça que os gastos com aquisição de insumos para produção do café aumentaram, fazendo com que o impacto direto também fosse sentido pelo bolso do consumidor. Desta forma, é esperado que a safra colhida neste ano, a partir do mês de abril ou maio, ajude a estabilizar os preços.

A partir desta nova safra, a associação espera que os preços continuem aumentando por mais dois ou três meses, para então se estabilizarem. A queda, por sua vez, deve acontecer a partir da safra do próximo ano.

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