Meta demitirá 4.000 para cortar custos e investir em IA, diz site

A Meta (M1TA34), de Mark Zuckerberg, começou cortes de milhares de empregos para se concentrar em investimentos em IA e eficiência. De acordo com o site Business Insider, um memorando interno revela que a companhia está em processo de cortar 5% do pessoal, o que significaria a demissão de cerca de 4.000 funcionários.

Ainda segundo a reportagem, a medida teria como foco “funcionários com baixo desempenho”, e serviria para preparar a companhia para um ano de investimentos mais pesados em Inteligência Artificial (IA).

De acordo com a publicação, as orientações recebidas por funcionários sugerem que gerentes devem identificar 12% a 15% dos funcionários elegíveis para cortes. A intenção é que os desligamentos se somem à saídas anteriores e sejam classificados como “desligamentos não arrependidos”.

“Mark está criando medo”, disse um funcionário da Meta ao Business Insider. “Ele está criando uma cultura onde você tem que ser leal a ele ou então.”

Contatada, a assessoria de imprensa da Meta no Brasil disse que a empresa não irá comentar o caso. Não se sabe se a operação no País será afetada.

Corrida da IA

O movimento não seria restrito à companhia de Zuckerberg mas sim parte de uma iniciativa de grandes empresas de tecnologia. Nomes como Microsoft, Amazon, Salesforce, passaram por maior período de contratações durante a pandemia e, agora, estariam em momento de ajuste. O momento mais desafiador na Meta se iniciou em 2023, com o anúncio de “ano de eficiência”, que deve continuar até o fim de 2025.

A Meta pretende buscar um lugar privilegiado na corrida da IA generativa, e, para isso, prevê investimentos na casa dos bilhões de dólares, em especial em infraestrutura. A revisão no quadro de funcionários também envolveria a contratação de engenheiros de aprendizado de máquina. Nesses casos, a Meta tem oferecido pacote de indenização que prevê 16 semanas de salário e mais duas semanas para cada ano de serviço.

Dinâmica de demissões

Em memorando obtido pelo Business Insider, Janelle Gale, vice-presidente de recursos humanos da Meta, disse que os funcionários desligados seriam notificados por meio de seus e-mails de trabalho e pessoais e perderiam o acesso aos sistemas da empresa dentro de uma hora. Eles receberão informações sobre seus pacotes de indenização no mesmo e-mail, acrescentou.

As notificações serão escalonadas por fusos horários, com os funcionários na região da Ásia-Pacífico sendo notificados primeiro, seguidos por aqueles na Europa, Oriente Médio e África, e, finalmente, América do Norte e América Latina, disse o memorando.

Funcionários em países europeus como Alemanha, França, Itália e Países Baixos estarão isentos desse processo devido a regulamentos locais e seguirão, em vez disso, processos locais de gestão de desempenho, disse o memorando. A Meta pretende preencher essas funções, acrescentou, mas os planos e cronogramas “podem variar”.

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