VÍDEO: Empresa ligada a Pablo Marçal demite funcionário que recusou culto evangélico

Um funcionário da Loovi Seguros, empresa com sede em Belo Horizonte e ligada ao empresário Pablo Marçal, levou à Justiça sua demissão após se recusar a participar de um culto religioso no ambiente de trabalho. O episódio foi divulgado após um vídeo gravado pelo próprio trabalhador viralizar nas redes sociais, reacendendo discussões sobre liberdade religiosa e direitos trabalhistas no Brasil.

A situação ocorreu no dia 27 de janeiro, quando o CEO da empresa convocou os colaboradores para um culto evangélico. O atendente, que preferiu não se identificar, alegou que não estava se sentindo bem e optou por continuar trabalhando. Diante disso, o líder da companhia afirmou que, se ele não estava em condições de participar da cerimônia, também não estaria apto a permanecer na empresa. Pouco depois, sua demissão foi formalizada.

Veja o vídeo!

O caso foi encaminhado ao Tribunal Regional do Trabalho (TRT) e denunciado ao Ministério Público do Trabalho (MPT), que agora investigam possíveis violações de direitos. A defesa do profissional argumenta que a imposição de práticas religiosas no ambiente corporativo viola princípios constitucionais e caracteriza conduta discriminatória.

Empresa enfrenta outras acusações

Além da denúncia trabalhista, a Loovi Seguros também está sendo investigada por outras irregularidades. A Federação Nacional dos Corretores de Seguros (Fenacor) solicitou ao governo federal que suspenda as atividades da empresa, alegando que ela opera sem autorização da Superintendência de Seguros Privados (Susep) e utiliza publicidade enganosa para atrair consumidores.

De acordo com a entidade, a empresa induz clientes ao erro por meio de estratégias de marketing agressivas. O pedido pode resultar em sanções administrativas severas, impactando o funcionamento da companhia.

Repercussão e debate sobre liberdade religiosa

O episódio gerou forte reação nas redes sociais. O vídeo do trabalhador ganhou grande alcance e provocou indignação entre internautas, que classificaram a situação como um desrespeito à liberdade individual. Especialistas em direito trabalhista apontam que a exigência de participação em cultos pode ser considerada assédio moral, abrindo precedentes para ações judiciais e indenizações.

A Constituição Federal garante a liberdade de crença e proíbe qualquer forma de discriminação religiosa. Se comprovado que a demissão foi motivada exclusivamente pela recusa do funcionário em participar do culto, a empresa pode ser responsabilizada legalmente.

Enquanto isso, o caso segue em análise na Justiça, podendo resultar em um precedente importante para discussões sobre o respeito às convicções individuais no ambiente de trabalho.

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