“O que é verdadeiramente loucura?”: Rooftime e Dubdogz se unem para lançar releitura do clássico ‘Crazy’

Os brasileiros Rooftime e o Dubdogz unem forças mais uma vez para lançar “Crazy”, uma releitura do clássico interpretado por Gnarls Barkley. A música, que faz parte da nova compilação do Dubdogz, ‘Parade Pack’, chega às plataformas no dia 14 de fevereiro pela Parade Records e reforça a parceria de sucesso entre os artistas.

Queríamos uma música forte e inédita para encabeçar essa compilação de faixas que já foram lançadas no ano passado. E nada mais justo do que uma nova colaboração com o Rooftime, com quem a gente fez um dos nossos melhores lançamentos da gravadora, ‘Golden Summer’, e com uma track que a gente se amarra”, conta o Dubdogz que tem utilizado a track como trilha sonora para suas turnês.

A releitura foi desenvolvida durante a pandemia, quando o Rooftime a performou em lives, e teve sua sonoridade transformada ao longo do tempo. Com a entrada do Dubdogz na produção, a versão ganhou um pouco mais de velocidade e se aproximou mais da pista de dança.

A música é um cover da versão interpretada por Gnarls Barkley, que virou um hino para nós na época em que foi lançada”, explica Gabriel, do Rooftime.

Sempre que procuramos alguma música já existente para fazermos uma versão nossa, vamos atrás das que mais nos identificamos. Mas, muitas vezes, encontramos algumas diferenças criativas que as tornam ainda mais peculiares e autênticas. Dessa vez, sentimos que ‘Crazy’ encaixou demais com a nossa identidade”.

Antes mesmo do Rooftime existir, a música já estava presente na história da banda. Lisandro conheceu Rodrigo quando o ouviu cantando “Crazy”, o que acabou sendo um dos primeiros elos entre eles. Agora, anos depois, o trio tem a chance de lançar sua própria versão da faixa, reforçando ainda mais essa conexão especial.

A banda também destaca a profundidade da letra e como ela foi reinterpretada nesta nova versão.

Ao longo do processo, adequamos a música ao que nos interessava e decidimos focar em um sentimento diferente da canção original”, conta Gabriel. “Enquanto a original parece ser um ode à invalidação da própria confiança, na nossa versão tentamos transpor isso para algo mais conformista e orgulhoso. Como se não tivéssemos medo de sermos taxados de loucos e, na verdade, tivéssemos orgulho desse ‘estado mental’”.

Ele ainda complementa.

Muitas vezes, interpretamos a loucura como uma antítese da normalidade. Mas, se pensarmos que essa ‘normalidade’ flui por cada um de um jeito diferente – ou seja, o que é normal para você pode soar como loucura para mim -, nunca teremos uma definição pura do que é normal e do que é verdadeiramente loucura”.

Sobre a colaboração com o Dubdogz, Gabriel comenta que eles curtiram muito a pegada logo de cara.

Quando mostramos a versão para os Dubdogz eles quiseram participar. Então mexeram e trouxeram suas influências para a track, deixando ela mais agitada e trazendo um pouco mais para a pista. Para nós, foi a junção perfeita!”.

De acordo com Lucas e Marcos do Dubdogz, há muita sinergia entre os projetos no estúdio.

Com eles sempre rola de pôr a mão na massa, gravar instrumentos, muitas vezes compor a faixa do zero. ‘Crazy’ é uma exceção, mas transformar um clássico numa versão completamente diferente, bem vibe boa para as pistas de dança, também foi um desafio muito maneiro de abraçar com eles”, afirma o duo.

Como em outros lançamentos, “Crazy” traz a influência orgânica característica do Rooftime, aliada ao dinamismo do Dubdogz. A relação entre os dois já rendeu outras colaborações bem-sucedidas, como “Free My Mind” e “Golden Summer”. Agora, “Crazy” chega para consolidar ainda mais essa conexão e trazer uma nova roupagem a um dos maiores hinos da música pop.

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