Usiminas: resultado do 4T não surpreende, empresa aponta 2025 melhor, mas ação cai

A siderúrgica Usiminas (USIM5) divulgou seus resultados do quarto trimestre de 2024 (4T24) na manhã desta sexta-feira (14), com Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) ajustado de R$ 518 milhões no período, alta de 60% na base anual.

Para o Morgan Stanley, o Ebitda ajustado ficou 7% abaixo do consenso de mercado de R$ 558 milhões, mas bem acima da estimativa do banco americano de R$ 459 milhões; em relação ao seu número, a superação foi principalmente devido a menores despesas de vendas, gerais e administrativas.

Para o Itaú BBA, por sua vez, o número foi em linha com as estimativas, de R$ 520 milhões. Às 11h10 (horário de Brasília), contudo, a ação da companhia caía 1,19%, cotada a R$ 5,80.

O Itaú BBA avalia que os números, no geral, vieram em linha com as expectativas do mercado, com uma melhora sequencial nos resultados de mineração mais do que compensando um ligeiro declínio no aço.

A equipe de análise do BBA ressalta que a empresa prevê uma melhora sequencial nos resultados no 1T25, impulsionada principalmente por maiores preços de aço realizados, volumes mais fortes e custos mais baixos.

A Usiminas anunciou orientação para capex (investimento em capital) em R$ 1,4 bilhão a 1,6 bilhão para 2025, abaixo da previsão do BBA de R$ 1,8 bilhão, o que melhora as perspectivas para geração de fluxo de caixa (FCF). O BBA esperava uma reação positiva do mercado aos números reportados.

O BBA manteve recomendação neutra e preço-alvo de R$ 7.

O Bradesco BBI, por sua vez, esperava uma reação positiva do mercado aos resultados da Usiminas, dados os números mais fortes do trimestre anterior e a orientação para melhorias contínuas no primeiro trimestre de 2025 (1T25).

No entanto, o BBI reiterou sua visão mais cautelosa sobre o setor de aço brasileiro e classificação neutra e preço-alvo de R$ 6.

O JPMorgan comenta que o Ebitda da Usiminas foi ligeiramente acima das suas estimativas, decorreu de ajustes operacionais que superaram as expectativas e compensaram a leve queda no EBITDA da unidade de Aços.

A unidade de aços registrou um Ebitda de R$ 366 milhões, representando uma queda de 3,2% em relação ao trimestre anterior. Segundo o JPMorgan, o recuo foi impulsionado por um leve aumento nas despesas operacionais em caixa, que compensou volumes melhores do que o esperado e preços estáveis.

A companhia destacou que o CPV (Custos de Produtos Vendidos)/t (tonelada) no trimestre foi de R$ 5.260/t, uma queda de 11,5% ano a ano, com um ganho de R$ 391/t, impulsionado pela redução nos custos de matérias-primas (placas, carvão e coque) e ganhos de eficiência de R$ 135/t devido à melhoria no desempenho dos Altos-Fornos e da Siderurgia, fruto de investimentos realizados nos últimos anos.

Na unidade de Mineração, o Ebitda de R$ 154 milhões representou uma alta de 250% na base trimestral, após o colapso do trimestre anterior. Os números reportados ficaram levemente abaixo das projeções do JPMorgan, refletindo a combinação de preços menores e maior volume de exportação, o que indica um mix de vendas menos favorável. Essa combinação compensou a redução dos custos no trimestre, que caíram 16,3% no trimestre e ficaram 11,6% abaixo das estimativas do banco.

O JPMorgan reiterou recomendação de venda e preço-alvo de R$ 5.

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