Caso cenário externo não melhore, José Rocha, da Dahlia, vê turbulência à frente

José Rocha, gestor e fundador da Dahlia Capital, e Felipe Hirai, sócio e gestor da Dahlia Capital, participaram do episódio 270 do programa Stock Pickers, com apresentação de Lucas Collazo e Henrique Esteter.

Rocha aponta que o momento no país é de uma preocupação inflacionária muito grande. “O IPCA historicamente quando está subindo, é um vento forte contra a Bolsa. E o Banco Central está aumentando os juros”, diz.

Desafios locais

Para ele, o ponto principal no curto prazo, de 6 a 9 meses, é que tem desafios fiscais que precisam ser endereçados e a questão da inflação que necessita ser resolvida.

“No final das contas, (o mercado brasileiro) fica dependendo do cenário externo, em particular do dólar e a taxa dos juros nos EUA. Trump mais ameno ajudaria o Brasil, mesmo com questões locais desafiadores”, diz.

Para o gestor, se não mudar o cenário externo, a questão da eleição entra na discussão do mercado mais cedo. “Se o cenário externo ajudar, chegamos lá (em nove meses) menos turbulento, mas se o cenário externo atrapalhar, aí vai ser mais turbulento”, diz.

Felipe Hirai explica que atualmente a inteligência artificial e o momento americano, com governo Donald Trump pró-mercado, o dinheiro está indo todo para os Estados Unidos.

Dólar menos forte

“Mas se, por qualquer motivo, uma visão do mundo unipolar, a China crescer um pouco mais, a gente ter paz no mundo, com o fim da guerra (Rússia-Ucrânia), o dólar no mundo pode ficar menos forte. Na hora em que esse ‘aspirador’ diminuir (nos EUA), o dinheiro sobrará para outros lugares”, avalia.

“E talvez ele sobre para os emergentes. Será que esse dinheiro para de ir para os Estados Unidos e vem para o Brasil”, questiona Hirai.

O gestor vê alguma possibilidade de se estar alocando na Bolsa do Brasil e também a lá de fora. “Essa combinação para gente parece fazer bastante sentido”, afirma.

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