Gleisi detona desembargador que tirou assassino de Marcelo Arruda da cadeia

A deputada federal Gleisi Hoffmann, presidente do PT. Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, usou uma reportagem do DCM para criticar duramente a decisão do desembargador Gamaliel Seme Scaff, do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná (TJPR), que concedeu prisão domiciliar ao ex-policial penal Jorge Guaranho, condenado a 20 anos de reclusão em regime fechado pelo assassinato do tesoureiro do PT Marcelo Arruda.

“O desembargador Gamaliel Seme Scaff, que tirou da cadeia o assassino de Marcelo Arruda para deixá-lo cumprir pena em casa, não tem isenção para decidir sobre um crime com motivação política”, escreveu a deputada neste sábado (15/2) em publicação nas redes sociais.

Na postagem, a presidente do PT não só condenou o fato de o desembargador ser seguidor das redes golpistas do bolsonarismo, como foi além. “E já atacou o STF para defender o bolsonarista foragido Osvaldo Eustáquio”, acusou. A petista também classificou a decisão como um tapa na cara da Justiça.

“Livrá-lo da pena 24 horas depois, como fez o desembargador Scaff, não tem nada a ver com questões humanitárias”, completou.

Marcelo Aloizio de Arruda, de 50 anos, foi assassinado na própria festa de aniversário. Foto: Reprodução

A decisão em caráter liminar de Scaff foi publicada na sexta-feira (14/2), apenas um dia após Guaranho ter sido sentenciado. De acordo com o magistrado, o bolsonarista “continua debilitado e com dificuldades de locomoção” em razão das lesões sofridas no dia do crime. Guaranho foi baleado e espancado após invadir a festa de aniversário de Arruda, que comemorava 50 anos em Foz do Iguaçu (PR). Na ocasião, o bolsonarista atirou contra o tesoureiro do PT, motivado por divergências políticas, conforme concluiu o júri popular.

Já em setembro de 2024, Guaranho havia obtido autorização para cumprir prisão domiciliar por questões de saúde, mas a juíza responsável pelo caso determinou seu retorno ao regime fechado assim que veio a condenação. A medida do desembargador, porém, reverteu essa decisão anterior e restabeleceu a prisão domiciliar, impondo tornozeleira eletrônica e a obrigação de o ex-policial informar deslocamentos para tratamento médico.

Jorge Guaranho foi sentenciado a 20 anos de prisão em regime fechado por homicídio duplamente qualificado, com motivo torpe e surpresa, contra Marcelo Arruda. Gleisi Hoffmann e outros integrantes do PT consideram a decisão de liberá-lo para cumprir a pena em casa uma demonstração de parcialidade e inaceitável leniência diante de um crime considerado politicamente motivado.

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