Crescem denúncias após Milei minimizar crise da criptomoeda

O presidente da Argentina, Javier Milei. Foto: Reuters

As denúncias contra o presidente da Argentina, Javier Milei, no caso da criptomoeda $Libra aumentaram após a polêmica entrevista do ultradireitista ao canal TN.

De acordo com os jornais argentinos, ao menos seis denúncias foram ratificadas pela juíza María Servini, em meio a mais de cem realizadas desde a última sexta-feira (14).

A validação das denúncias é o primeiro passo no processo criminal. Após serem ratificadas, são encaminhadas ao promotor, que decidirá se as aceita ou não. Milei pode ser processado por fraude e associação ilícita.

Durante entrevista ao canal TN na segunda-feira (17), Milei desdenhou de quem investiu na moeda digital e disse que só divulgou a criptomoeda.

“Se você vai a um cassino e perde dinheiro, qual é a reclamação? É um problema entre indivíduos privados, porque o Estado não desempenha nenhum papel aqui”, afirmou.

Segundo Milei, quem investiu “sabia muito bem o que estava fazendo”. “Aqueles que entraram ali, que fizeram isso de forma voluntária, sabiam muito bem no que estavam se metendo. São operadores de volatilidade. Sabiam muito bem o risco. Não é como se não soubessem do que se tratava”, disse.

O líder argentino também declarou que não tem medo de um possível processo jurídico e político.

Logo após a entrevista ir ao ar, um vídeo sem edição começou a circular nas redes sociais.

Na gravação, o jornalista que conduz a entrevista pergunta sobre a estratégia jurídica do governo diante das mais de cem denúncias. O assessor político de Milei, Santiago Caputo, interrompe a entrevista e sussurra algo ao ouvido do presidente. A entrevista continuou, mas sem a resposta sobre a estratégia jurídica.

O porta-voz da presidência, Manuel Adorni, afirmou que a interrupção foi equivocada e que o próprio Milei a classificou como desnecessária. “Santiago não sabe que a dinâmica é não cortar as entrevistas em nenhum aspecto, por nada. Quando vimos os três minutos de interrupção dentro do contexto foi para isso, para não confundir [o presidente]’”, alegou Adorni.

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