Merval prevê Janja contra Michelle em 2026 e decreta: “Declínio do sistema político”

Janja da Silva e Michelle Bolsonaro – Foto: Reprodução

Merval Pereira, em recente artigo no Globo, comentou sobre o protagonismo de Janja da Silva e Michelle Bolsonaro, destacando a influência política das duas e o impacto que podem ter nas próximas eleições. Para o colunista, a possível disputa entre a atual e ex-primeira-dama reflete a falta de nomes fortes nos grupos políticos de Lula e Bolsonaro.

Duas mulheres são protagonistas da política brasileira hoje, e podem representar seus devidos grupos políticos nas próximas eleições, por mais que esse embate presumível represente o declínio final de nosso sistema político-partidário. Já previ aqui, com toques de ironia, que do jeito que a coisa vai a próxima eleição para presidente da República pode se dar entre Michele Bolsonaro, ex-primeira dama, e Janja da Silva, a atual, e volta e meia elas estão nos noticiários políticos.

Janja é a bola da vez da oposição, diz Lula, acrescentando que os palpites da primeira-dama o ajudam a governar. Tornou-se fato corriqueiro a queixa de aliados do presidente contra a primeira-dama, que estaria cerceando a atividade política de Lula em benefício de uma restrita agenda doméstica. Já há pelo menos um ponto favorável a Janja nessa metade de governo: foi dela que partiu a advertência de que não deveriam convocar os militares para uma ação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) naquele 8 de janeiro de 2023, sob o risco de os militares tomarem conta do Poder. Vê-se agora que era justamente esta a última cartada dos golpistas, criar um ambiente de revolta popular que fosse o gatilho para a ação militar. Janja demonstrou naquela ocasião um faro político afiado.(…)

Ataque golpista de 8 de janeiro de 2023 em Brasília – Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

(…)À falta de nomes, cria-se uma disputa indireta entre as primeiras-damas dos dois. A primeira-dama Janja, virou figura nacional. Participa de reuniões ministeriais, sai em fotos oficiais de encontros presidenciais. Até a Águia da Portela ela revelou, um dos maiores segredos do Carnaval, tendo que apagar o tuíte após protestos dos sambistas. Confessou em entrevista ao “Fantástico” que suas inspirações são Evita Perón e Michelle Obama, duas primeiras-damas de ações distintas. A esdrúxula situação de aparecer entre Lula e Biden em foto na Casa Branca virou meme.

A ex, Michelle Bolsonaro, assumiu um papel político no PL, comparece a reuniões do partido, já tem missão de viajar pelo país com salário oficial. Sua popularidade entre o eleitorado evangélico é um trunfo. Bolsonaro já está enciumado. Sinais dos tempos.

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