Ibovespa Futuro cai com temores sobre tarifas dos EUA e possível recessão no radar

O Ibovespa Futuro registrava queda nos primeiros negócios desta segunda-feira (10), refletindo os receios em torno das tarifas comerciais dos Estados Unidos. Os investidores estão cautelosos quanto a uma possível guerra comercial global e seu impacto na economia americana. Às 09h08 (horário de Brasília), o índice futuro com vencimento em abril recuava 0,53%, aos 126.030 pontos.

Esse cenário acirra as incertezas sobre uma possível recessão na maior economia do mundo, levando os operadores a buscar ativos mais seguros, como o iene e o franco suíço.

Na véspera, o presidente dos EUA, Donald Trump, se absteve de comentar sobre a possibilidade de recessão, em meio às ações tarifárias contra México, Canadá e China, motivadas pela questão do fentanil.

No cenário nacional, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa, às 15h, da cerimônia de posse de Alexandre Padilha como ministro da Saúde e de Gleisi Hoffmann como ministra da Secretaria de Relações Institucionais.

Nos EUA, o Dow Jones Futuro operava com queda de 1,03%, S&P500 desvalorização 1,18% e Nasdaq Futuro caía 1,36%.

De volta ao cenário doméstico, o Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) teve alta de 1,0% em fevereiro, depois de avanço de 0,11% no mês anterior, com forte aumento da pressão dos preços tanto no atacado quando no varejo. O resultado ficou um pouco abaixo da expectativa em pesquisa da Reuters de avanço de 1,15% e levou o índice a subir em 12 meses 8,78%.

Ibovespa, dólar e mercado externo

O dólar à vista subia 0,11%, aos R$ 5,796 na compra e R$ 5,797 na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,12%, aos 5.821 pontos.

Os mercados da Ásia-Pacífico fecharam sem direção única, com investidores de olho nos fabricantes de aço antes das tarifas de 25% dos EUA sobre as importações de aço e alumínio, que entrarão em vigor nesta quarta-feira.

No fim de semana, a inflação ao consumidor na China entrou em território negativo pela primeira vez em 13 meses, impactada por distorções sazonais e pressões deflacionárias. O índice de preços ao consumidor recuou 0,7% em fevereiro na comparação anual, após um avanço de 0,5% no mês anterior.

Além disso, no sábado, Pequim anunciou tarifas retaliatórias sobre produtos agrícolas do Canadá, em resposta às taxas de importação impostas por Ottawa no ano passado sobre veículos elétricos, aço e alumínio chineses.

Os preços do petróleo operam perto da estabilidade, com preocupações sobre o impacto das tarifas de importação dos EUA no crescimento econômico global e na demanda por combustível, bem como o aumento da produção dos produtores da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (OPEP+), esfriaram o apetite dos investidores por ativos mais arriscados.

As cotações do minério de ferro na China caem cai devido a preocupações com perspectiva de demanda.

(Com Reuters)

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