Servidor público que confessou morte de menina esteve na casa da família após o crime: “Psicopata”

A família da menina Yara Karolaine Martins Neves, de 10 anos, que desapareceu durante o carnaval e foi achada morta, em Minas Gerais, está revoltada com o crime. Mãe da vítima, Maria Geralda Martins diz que o servidor público Valdenilson Pereira da Silva, que foi preso e confessou a autoria do crime, esteve na casa dela enquanto a garota ainda não tinha sido achada.

“Jamais imaginava que esse monstro ia fazer isso com a minha filha e depois ainda ir na minha casa, procurar informação da minha filha depois que ele já tinha matado ela. Isso para mim é um monstro, um psicopata”, declarou a mãe, em entrevista à Inter TV, afiliada da TV Globo em Minas Gerais.

Maria Geralda destacou que o homem conhecia suas filhas, mas não tinha nenhuma proximidade com elas. “Mas assim, não era de trocar mensagem, de trocar conversas, sabe? Só cumprimentava, tipo ‘bom dia’, ‘boa tarde’“, ressaltou.

Yara desapareceu no último dia 4 de março, durante o carnaval, na cidade de Água Boa (MG). Segundo a genitora, Valdenilson esteve na casa dela na quarta-feira (5) e novamente na quinta-feira (6) perguntando sobre Yara.

Buscas eram realizadas e o corpo dela foi localizado no último sábado (8), enrolado em um lençol branco, perto da Cachoeira Pele de Gato, em São Pedro do Suaçuí, que fica a 55 quilômetros de distância.

“Na sexta, no sábado e no domingo, eu já não tive mais notícia dele. Só soube dele quando o pegaram na casa dele. Na hora que eu recebi a notícia, que tinham achado um corpo […] eu já sabia que era minha filha. Foi um choque“, lamentou a mãe.

A defesa de Valdenilson não foi encontrada para comentar o assunto até a publicação desta reportagem.

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Prisão do suspeito

O sumiço de Yara passou a ser investigado e a polícia analisou imagens de câmeras de segurança que registraram quando o servidor público buscou a criança em casa, em um carro branco, que é da Secretaria de Saúde de Água Boa.

Assim, logo o suspeito foi identificado e acabou preso no último domingo (9), sendo encaminhado para o presídio de Guanhães. Ao ser ouvido, ele confessou que matou Yara e deu detalhes do crime.

O homem disse que viu a menina ao passar pela Rua Tiradentes e a convidou para ir até a casa dele comer uma pizza. Yara teria entrado no veículo espontaneamente, já que ele era um conhecido, e o suspeito disse que pretendia manter relações sexuais com ela.

No trajeto, que levou cinco minutos, o homem disse que combinou que daria R$ 50 para a menina e ela concordou. Apesar disso, ele negou que a tenha estuprado.

Depois disso, mesmo sem ter cometido nenhum abuso, ele alegou que ficou preocupado ao pensar que a menina contaria tudo à mãe e, por isso, ele a asfixiou. Ao perceber que estava morta, enrolou o corpo no lençol, colocou dentro do carro da prefeitura, e seguiu até a cachoeira, onde descartou em uma vala.

O servidor público segue preso pelo homicídio e a polícia ainda aguarda o resultado dos exames periciais para comprovar se Yara foi ou não estuprada.

A Prefeitura de Água Boa decretou luto de três dias pela morte de Yara e disse que colabora com as investigações. ‘’Neste momento de dor, nos solidarizamos com sua família e reforçamos nosso compromisso em apoiar as autoridades para que esse crime seja esclarecido e os responsáveis punidos’‘, escreveu a administração municipal.

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