Polícia apura se ex-colega de trabalho cometeu ato de necrofilia após matar jovem que cobrava dívida

A Polícia Civil diz que o assassinato da jovem Clara Maria Venancio Rodrigues, de 21 anos, ocorrida em Belo Horizonte, em Minas Gerais, foi premeditado. A corporação também apura se o autor do crime, Thiago Schafer Sampaio, de 27, que era ex-colega de trabalho da vítima e queria se esquivar de uma dívida de R$ 400, cometeu atos de necrofilia.

Conforme a polícia, Thiago confessou que atraiu Clara para a casa em mora, no Bairro Ouro Preto, na Região da Pampulha, dizendo que pagaria a dívida. Assim, no último domingo (9), a atacou na cozinha, quando a asfixiou com o mata-leão.

Depois, com a ajuda de Lucas Rodrigues Pimentel, de 29 anos, enterrou o corpo em uma cova rasa, cobriu com cimento e jogou entulho por cima. O comparsa também foi detido e confessou o envolvimento no crime.

Kennedy Marcelo da Conceição Filho também foi detido, pois estava dormindo na casa no momento em que a polícia encontrou o corpo da vítima. Porém, ele negou qualquer participação e foi liberado após depoimento. Apesar disso, segue sendo investigado.

A polícia apura se após o crime os suspeitos praticaram atos de necrofilia, ou seja, manter relações sexuais com o corpo de Clara, pois ele teria ficado exposto nu na sala da casa até a tarde de segunda-feira (10), quando foi enterrado.

Ao ser ouvido, Thiago destacou que “não tirou fotos e não tocou no corpo de Clara após a morte”, sendo que ninguém tinha perguntado nada a respeito até aquele momento. Isso reforçou a suspeita sobre a necrofilia.

O caso segue em investigação no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Belo Horizonte. As defesas dos suspeitos não foram encontradas para comentar o assunto até a publicação desta reportagem.

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Relembre o caso

O namorado da vítima contou que, na última sexta-feira (7), eles estavam em uma choperia e encontraram o ex-colega de trabalho dela. Normalmente o Thiago evitava contato, já que estava a devendo há pelo menos três meses. Porém, na ocasião, se aproximou e disse que iria pagá-la.

Assim, ao voltar para casa do trabalho, no último domingo, ela decidiu ir até o ex-colega para receber o dinheiro e não voltou mais. O sumiço foi denunciado à polícia e Thiago passou a ser investigado.

Os policiais foram até a casa dele, onde sentiram um forte odor. Buscas passaram a ser realizadas na residência, com apoio do Corpo de Bombeiros, e o corpo foi encontrado enterrado, embaixo de uma camada fina de cimento, que ainda estava úmida.

“Jogaram terra e entulho em cima e tentaram esconder o corpo com concreto”, explicou o tenente Washington Rodrigues, do Corpo de Bombeiros.

Clara era natural de Uberlândia, no triângulo mineiro, e morava com um amigo em Belo Horizonte. Ela trabalhava como auxiliar de cozinha em uma padaria artesanal da capital mineira. Foi lá que ela conheceu Thiago, a quem emprestou os R$ 400.

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