Novo consignado atrai o interesse de bancos e reduz a inadimplência, diz presidente da Febraban

Trabalhadores terão crédito com empréstimo em folha em nova modalidade de consignado. Foto: Reprodução

Isaac Sidney, presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), afirma que a implementação do novo crédito consignado para o setor privado tem como objetivo baratear o custo da dívida para trabalhadores, aumentar a qualidade dos ativos dos bancos e reduzir o risco de inadimplência.

“O trabalhador só vai poder receber a nova linha se pré-pagar, quitar, liquidar essas linhas mais caras. Além disso, o banco tem todo o interesse, quando verificar que aquele trabalhador está no rotativo do cartão de crédito ou está no cheque especial, fazer com que ele pegue o consignado, porque o risco de crédito para o banco será muito menor no consignado novo”, afirmou ao blog de Míriam Leitão no Globo.

Ele aponta que a Medida Provisória (MP) que entrou em vigor na última quarta (12) prevê que os bancos vão verificar se os trabalhadores têm dois tipos de dívida: Crédito Direto ao Consumidor (CDC) sem garantia e um consignado privado antigo.

Sidney afirma que conversou com o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, sobre a medida e que ele “acertou” com a medida. Para o presidente da Febraban, a medida deve servir no início para “migrar dívidas mais caras para baratas”.

“A gente vai ter um processo gradual de melhoria do perfil da dívida para o trabalhador. Vai ter menos comprometimento de renda e menos endividamento e vai ter mais prazo, porque o consignado tem um prazo muito maior do que um CDC”, prossegue.

Isaac Sidney, presidente da Febraban. Foto: Divulgação

Para os bancos, aponta, a MP deve melhorar a quantidade de ativos e diminuir o risco de inadimplência. A troca automática de dívidas mais caras pelo crédito consignado só estará disponível a partir de 25 de abril.

O novo programa vai pedir o CPF do trabalhador que tem interesse em uma proposta de crédito consignado e o banco poderá ofertar a linha. Sidney aponta que o processo será “automatizado” e as instituições financeiras terão acesso a informações como atividade, remuneração e tempo de vínculo empregatício, por exemplo.

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